De lá para cá, muita coisa rolou e o último jogo da série lançado em uma plataforma Nintendo foi "Street Fighter Alpha 3 Upper", em 2002, para Game Boy Advance. Após um recesso de quase dez anos, a Capcom traz "Street Fighter" de volta para a Nintendo, em grande estilo: "Super Street Fighter IV 3D Edition" é o melhor jogo nesses primeiros dias de Nintendo 3DS.
O melhor até agora
Diferente do "Street Fighter IV" lançado para iPhone em 2010, o game do Nintendo 3DS é um jogo completo, com todos os lutadores vistos na versão para PlayStation 3 e Xbox 360. De Ryu, Ken e Chun Li até Cody, Hakan e Seth, todos os personagens estão presentes, com seus respectivos golpes especiais, trajes alternativos e combos fulminantes.
Mais ainda, o game apresenta uma modalidade única, chamada Dynamic Mode: a luta é vista de perto, por trás dos ombros do lutador. É onde o efeito 3D do portátil pode ser melhor apreciado, mas na prática, não é mais do que uma firula estética, perfeita para impressionar os amigos curiosos com seu novo videogame.
O efeito 3D funciona bem nas lutas tradicionais, vistas de lado, com os cenários formando dois ou três planos ao fundo dos lutadores e as barras de energia, super e ultra flutuando à frente. É claro que isso consome processamento: com o 3D ligado, as lutas rodam em 30 quadros por segundo. Basta desativar o efeito para que o jogo ganhe o dobro de velocidade e, aí sim, ofereça o mesmo desafio e diversão da versão para consoles maiores.
"3D Edition" traz dois sistemas de controle: Lite e Pro. No primeiro, golpes especiais e movimentos Super e Ultra são disparados pressionando a tela de toque. Mesmo para um jogador experiente, é um modo útil para conhecer lutadores com os quais não é familiarizado.
Já no modo Pro, você pode configurar os 6 botões do 3DS da forma que preferir e também incluir combinações de botões na tela de toque - mas é preciso realizar os movimentos no direcional, seja nas setas ou na roda analógica do portátil. Você vai acabar alternando entre um e outro conforme a situação e a posição dos dois direcionais no portátil é excelente para isso.
Algumas coisas se perdem na transição dos consoles para o portátil e o que mais chama atenção são os cenários, que perderam suas animações e foram simplificados. Os garotos brincando embaixo da ponte em Underpass agora são figuras estáticas e a praça asiática não tem tanta gente, por exemplo. Mas é um defeito menor, que não estraga a experiência de um dos melhores jogos de luta da atualidade. Diminuir a qualidade de "3D Edition" por sua platéia imóvel é como dizer que "Street Fighter II" no Super NES era ruim por ter elefantes a menos no estágio de Dhalsim.
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