"ADEUS, ELECTRONIC ARTS"
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O game designer Will Wright, criador de séries como "SimCity" e "The Sims", deixou a Maxis, produtora que ajudou a fundar e que, posteriormente, foi comprada pela Electronic Arts. Wright partiu para outro projeto próprio, o Stupid Fun Club, empresa que pesquisa o uso de ferramentas multimídia como forma de entretenimento.
A crise financeira que afetou o mundo em 2008 ainda reverberava no mercado de games no início do ano: os meses de janeiro e fevereiro foram marcados por demissões em diversas grandes empresas: Microsoft colocou no olho da rua 5.000 funcionários, enquanto a Electronic Arts cortou cerca de 1.100 postos de trabalho (cerca de 11% do quadro da empresa) e a THQ mandou embora 600 pessoas (o equivalente a 24% da equipe total da companhia).
Sega, Sony Online Rare também demitiram e o estúdio Factor 5, responsável por "Lair" e pela série "Star Wars: Rogue Squadron", fechou as portas. A Midway, produtora renomada pela série "Mortal Kombat", declarou falência, mas foi posteriormente comprada pela Warner, que se tornou dona de todas as marcas da produtora, incluindo a sangrenta série de luta. Até o mês de julho, o número de funcionários demitidos em produtoras de games batia a marca de 8.500 pessoas.
Ainda no começo do ano chegou ao fim a tradicional revista norte-americana Electronic Gaming Monthly, a EGM, da Ziff Davis. Com isso, site 1UP foi vendido e, posteriormente, foram extintas versões licenciadas da revista pelo mundo, incluindo o Brasil. Posteriormente, em maio, o fundador da publicação, Steve Harris, anunciou que havia adquirido os direitos de publicação da EGM, que voltou a circular em dezembro.
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Temporada de lançamentos começou mais cedo, com "Killzone 2" (PS3);...
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...mais para o final do ano, "The Beatles: Rock Band" fez homenagem à lendária banda;...
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..."New Super Mario Bros." reuniu até quatro jogadores no Wii...
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...e "Call of Duty: Modern Warfare 2" consagrou de vez a série
VEJA JOGOS DE 2009
"Killzone 2", título exclusivo do PlayStation 3, inaugurou a temporada de arrasa-quarteirões. No 1º trimestre, a Capcom fez bonito e lançou "Street Fighter IV" e "Resident Evil 5", que chegaram primeiro para Xbox 360 e PlayStation 3 e meses depois para PC. Já o Nintendo DS buscou o público adulto com "Grand Theft Auto: Chinatown Wars", que mais tarde desembarcou no PSP. O Wii, por sua vez, ganhou o violento "MadWorld", título de estreia da Platinum Games, estúdio formado por ex-funcionários da Clover, e também celebrou a nostalgia com "Punch-Out!! Wii".
Na Game Developers Conference, realizada em março, nos Estados Unidos, o grande destaque foi o OnLive, sistema da Rearden Studios que utiliza o conceito de "computação em nuvem" e promete rodar jogos diversos em computadores de configurações modestas equipados com internet de banda larga. O conceito é simples: em vez dos jogos serem processados na sua própria máquina, todo trabalho é feito por uma rede de sistemas interligados, e apenas o resultado final é entregue ao usuário em formato de vídeo. A tecnologia estava em demonstração no evento, mas conectada por meio de rede local.
Na mesma linha do OnLive, o produtor David Perry, de "Earthworm jim", "MDK" e "Messiah" revelou o Gaikai, mas nem um nem outro serviço entrou em funcionamento em 2009.
Maio marcou o fim uma das maiores lendas da indústria dos videogames: toda a equipe de produção de "Duke Nukem Forever", game em desenvolvimento há mais de dez anos pela 3D Realms, foi dispensada, sob rumores de que o próprio estúdio estava fechando. Em um confuso comunicado, a empresa tentou explicar que não estava deixando de existir e que um dia ainda poderia vir a criar novos jogos. De qualquer forma, "Duke Nukem Forever" parou de ser produzido, deixando como legado uma grande confusão entre a 3D Realms e a distribuidora Take-Two - uma acabou processando a outra por conta de desentendimentos na produção.
No mesmo mês o videogame Zeebo foi lançado oficialmente no Brasil. Desenvolvido pela tupiniquim Tectoy em parceria com a Qualcomm, o aparelho foi lançado primeiro no Rio de Janeiro, em caráter de teste, por R$ 499. Até o fim do ano, chegou ao restante do país, teve o preço diminuído para R$ 299 e foi lançado também no México, em versão com mais funcionalidades, como navegador de internet.
YU SUZUKI PERDE CARGO
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Criador dos principais fliperamas da Sega nos anos 80, o game designer Yu Suzuki emplacou poucos hits posteriormente, sendo o principal deles o ambicioso "Shenmue".Durante o ano, a companhia anunciou a deposição dele do cargo de executivo-chefe de criação, sendo que agora ele cuida apenas da AM Plus, divisão responsável justamente por jogos de fliperama.
Nesta época também brilhou um dos poucos jogos de qualidade exclusivos para PC em 2009: "The Sims 3". Apostando em uma versão refinada da velha fórmula e em diversas possibilidades de personalização, o título vendeu cerca de 3,7 milhões de unidades em dois meses, quantia que, embora não iguale a performance do original, deixou a Electronic Arts satisfeita. Tanto que até o final do ano o simulador de gente já havia recebido a primeira expansão, chamada "Volta ao Mundo", que permitia aos Sims viajarem para novos lugares. Já "InFamous", aportou no PlayStation 3 apresentando ao jogador a possibilidade de decidir ser herói ou vilão e pontuando um ano forte para os donos do console da Sony.
Às vésperas da E3, vazou na rede mundial um vídeo revelando o PSP go, nova versão do portátil da Sony que agora dispensa o drive de discos UMD e foca em download de mídia digital - além de contar com um design mais moderno, compacto e com tela deslizante. A apresentação oficial do aparelho veio na feira, que aconteceu em junho e retomou o antigo formato abandonado em 2006, com grandes estandes, apresentações cheias de pompa e a presença de dezenas de grandes produtoras do segmento. Dentre as principais, uma das ausências mais notáveis foi a da Atari, que preferiu não participar para investir em outras ações promocionais do catálogo da empresa, que incluía jogos como os competentes "Ghostbusters" e "Champions Online", além do promissor "Star Trek: Online".
MICHAEL JACKSON NOS GAMES
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Com a morte do astro pop no ano, novas e curiosas participações do artista em jogos de videogame foram reveladas. Conhecido pela parceria com a Sega em "Moonwalker" e "Space Channel 5", Michael Jackson trabalhou também na trilha sonora de "Sonic the Hedgehog 3", conforme revelou o compositor Brad Buxer, confirmando assim teorias diversas sobre o assunto. Além disso, o game designer Naohto Oshima, responsável pela criação do visual do Sonic, disse que as cores vermelho e branco dos sapatos do herói foram inspiradas na capa do disco "Bad", de Michael Jackson.
Apesar da novidade da Sony, quem causou alvoroço na E3 foi a Microsoft. Em uma conferência inaugurada pelos ex-Beatles Paul McCartney e Ringo Starr, que vieram demonstrar o game musical temático da banda, a verdadeira estrela foi o Project Natal, um inovador periférico que consiste em uma câmera para o Xbox 360 que capta movimentos e voz de até quatro pessoas simultaneamente. O anúncio causou impacto tanto pela proposta do projeto como pela surpresa, tendo em vista que nas semanas anteriores a Microsoft não deixou escapar qualquer dica ou indício do Project Natal - que, inclusive, leva esse nome pelo fato de o idealizador do projeto ser brasileiro e gostar da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Para falar sobre a tecnologia, subiram ao palco da conferência alguns dos envolvidos na produção do acessório e até o aclamado diretor de cinema Steven Spielberg. O Natal acabou ofuscando outros pontos altos da apresentação, como as demonstrações de "Call of Duty: Modern Warfare 2" e "Final Fantasy XIII" e os anúncios de "Halo: Reach" e "Metal Gear Solid Rising" - este último feito por Hideo Kojima, criador da franquia de espionagem e ação.
Sem tanto brilho, a Sony apostou em títulos de peso, como "Uncharted 2: Among Thieves"; "The Last Guardian", próximo projeto da equipe responsável por "ICO" e "Shadow of the Colossus"; e "Metal Gear Solid: Peace Walker" e "Gran Turismo", ambos para PSP. Houve também uma extensa demonstração de um controle com sensor de movimentos para o PlayStation 3, mas após o furor causado pelo Natal ficou a impressão de que se tratava de uma novidade que já nascia ultrapassada. Ainda mais tímida foi a Nintendo, que apostou em títulos de medalhões, como "New Super Mario Bros. Wii", "Super Mario Galaxy 2", "Metroid: Other M" e um novo "Legend of Zelda", revelado sem nenhuma pompa por Shigeru Miyamoto após a conferência da empresa na E3. O presidente global da empresa, Satoru Iwata, anunciou também o Vitality Sensor, periférico que mede os batimentos cardíacos do jogador e transporta os dados para o videogame, mas não foi feita nenhuma demonstração prática do aparelho.
O FENÔMENO "FREE REALMS"
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O MMO "World of Warcraft" continua inabalável como o principal game do gênero. Porém, entre tantos pretendentes ao trono um tem se destacado pelo sucesso meteórico: "Free Realms", da Sony Online. Lançado em abril, para PC, bateu em cinco meses a marca de 5 milhões de usuários. Gratuito para jogar, o game foca no público infanto-juvenil, apresentando diversos minigames, e tem previsão de sair também em versão para PS3.
De maneira geral, a E3 2009 foi um sucesso, apagando a má impressão deixada nos dois anos anteriores. Cerca de 41.000 pessoas visitaram o evento e mesmo as empresas que não fabricam consoles procuraram caprichar nas apresentações, investindo principalmente na presença de personalidades. A Electronic Arts levou o tenista Pete Sampras para mostrar "Grand Slam Tennis", enquanto a Ubisoft trouxe o diretor de cinema James Cameron, para falar do game baseado no filme "Avatar", e ninguém menos que Pelé para apresentar "Academy of Champions", jogo de futebol do Wii.
Pouco mais de dois meses depois da E3 foi a vez da estreante Gamescom, em Colônia, na Alemanha, que veio para substituir a antiga Games Convention. Com mais de 450 expositores, o evento angariou amplo sucesso, atraindo 245.000 visitantes e tornando-se a maior feira de jogos eletrônicos do mundo.
Antes da Tokyo Game Show e da avalanche de jogos musicais em setembro, o mercado recebeu duas inovadoras propostas em videogames da Nintendo. "Wii Sports Resort" apresentou o Wii MotionPlus, acessório que aumenta a sensibilidade do controle Wii Remote, enquanto o DS ganhou "Scribblenauts", engenhosa produção do estúdio 5th Cell na qual o jogador deve escrever na tela os objetos que deseja usar para resolver os enigmas das fases. Não bastasse a proposta inusitada, o cartucho ainda foi lançado no Brasil em português brasileiro pela Warner.
A empresa foi responsável também por publicar o empolgante "Batman: Arkham Asylum", que em menos de um mês já havia vendido mais de 2 milhões de unidades e venceu com folga o estigma de que jogos de super-heróis são ruins
O terceiro trimestre do ano ainda foi marcado pelo lançamento do PlayStation 3 Slim. Menor, mais leve e lançado por US$ 299, incentivou corte no valor da versão mais antiga, que passou a custar o mesmo preço. Quem baixou de preço também foi o Wii, que passou de US$ 249 para US$ 199. Primeira queda oficial no valor do console, acabou ajudando a manter bons números de vendas, que caíram bastante em 2009 com relação às temporadas anteriores. A Nintendo ainda aproveitou o ano para colocar à venda no Japão o DSi XL, nova versão do portátil que traz telas maiores e uma bateria de maior duração. Lançado por cerca de US$ 200, quase US$ 10 mais caro que o DSi comum, o XL chega ao ocidente no primeiro trimestre de 2010.
GAMES SOCIAIS
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Uma das novas tendências estabelecidas em 2009 foi o uso de redes sociais como plataformas de jogos. Os exemplos mais emblemáticos são "Mafia Wars" e "FarmVille" do Facebook, jogados por milhares de pessoas e alvos de versões similares, mas com menos requinte, em outras redes ou com temáticas diferentes. Outro movimentado acentuado foi a integração de consoles com redes sociais. No segundo semestre o Wii, Xbox 360, PlayStation 3 e Nintendo DSi ganharam conectividade com o Facebook. "Uncharted 2" apresentou ligação com o Twitter, exibindo o progresso do usuário no game em mensagens no microblog e o aparelho da Microsoft foi mais além, contando também com o Twitter e o serviço musical Last.fm.
Setembro marcou um novo episódio ferrenho duelo dos jogos musicais travado entre Activision e Electronic Arts. "Guitar Hero V" apostou em um setlist eclético e na possibilidade de jogar com qualquer combinação de instrumentos, enquanto "The Beatles: Rock Band" caprichou na homenagem ao lendário quarteto de Liverpool. "Guitar Hero 5" levou a melhor nas vendas, mas protagonizou também um polêmico episódio: a cantora Courtney Love processou a Activision pelo uso da imagem de Kurt Cobain, ex-marido dela e vocalista do Nirvana, que no jogo pode ser utilizado para interpretar canções de qualquer grupo, ocasionando situações cômicas. O desfile de jogos musicais encerrou-se com o novato "DJ Hero", que agradou bastante pela variada trilha sonora e instigante controle em formato de picape, mas pouco vendeu pelos preços salgados - US$ 120 na versão convencional, US$ 200 na especial.
A Tokyo Game Show 2009 manteve o clima morno das últimas edições, com público de 185 mil visitantes, cerca de 9.000 a menos em relação ao ano passado. Apesar de a forte crise econômica mundial pouco ter afetado o mercado nipônico, continua a batalha pela renovação criativa do segmento. Os principais sucessos da feira foram apostas em fórmulas consagradas. "Final Fantasy XIII" disputou atenções principalmente com "Bayonetta", produção do criador de "Devil May Cry" que tem como protagonista uma esbelta e insinuante bruxa. Também com grande atenção, mais continuações, a exemplo de "God of War III", "Uncharted 2", "Gran Turismo 5", novos episódios de "Kingdom Hearts", "Dragon Quest" e, claro, "FIFA 10" e "Pro Evolution Soccer 2010", tendo em vista que os japoneses adoram futebol. Produções ocidentais como "Assassin's Creed II" e "" apareceram de forma tímida ou sequer marcaram presença, caso de "Guitar Hero" e "Rock Band". De fato, o único atrativo ocidental que captou a atenção do público oriental foi o Project Natal, demonstrado para alguns membros da imprensa mundial, inclusive a equipe de UOL Jogos.
PROJECT NATAL EM AÇÃO NA TOKYO GAME SHOW
O futebol virtual chamou atenção na terra do sol nascente e aqui não é diferente. "FIFA 10" e "Pro Evolution Soccer 2010" chegaram com poucas semanas de diferença, reacendendo a velha rivalidade que todo ano divide jogadores. Infelizmente, a nova temporada foi pouco agradável para o público brasileiro: "FIFA" teve o número de times brasileiros totalmente licenciados reduzido enquanto a Konami desistiu de produzir locução em português do Brasil para "Pro Evolution Soccer", sendo que poucas semanas antes anunciou que faria isso na edição 2010.
Outros fatos marcaram a indústria no Brasil no ano, como o avanço dos desenvolvedores nacionais. Por exemplo, durante o SBGames, realizado em outubro, no Rio de Janeiro, foi revelado "Freekscape: Escape from Hell", que integra a linha PSP Minis e é uma produção da Kidguru, ex-Insólita/Abdução. Além disso, a Ubisoft Brasil anunciou a transferência do estúdio de Porto Alegre para a Tecnopuc, Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e também a intenção de, junto com a instituição, oferecer um curso de pós-graduação em desenvolvimento de jogos.
Outro ponto a se destacar é, finalmente, a vinda oficial da linha de videogames PlayStation ao país. No final de novembro o PlayStation 2 passou a ser vendido na rede de lojas Sony Style, assim como jogos para o aparelho, PS3 e PSP. Só os bolsos não tiveram muito o que comemorar: as lojas cobravam R$ 800 por um console de quase 10 anos - o que foi inclusive motivo de piada em sites estrangeiros. O lado da Microsoft foi um pouco mais animador: durante o ano o preço do kit nacional do console caiu de R$ 2.399 para R$ 1.799 e posteriormente para R$ 1.499.
Com a proximidade do fim de ano chegam os lançamentos mais esperados e 2009 contou com uma seleção caprichada. O maior de todos é, com folga, "Call of Duty: Modern Warfare 2". Antes mesmo do lançamento o game da Activision já havia arrecadado milhões em pré-venda. Mais do que isso: o jogo vendeu cerca de 4,7 milhões de unidades logo no primeiro dia, batendo a marca de "Grand Theft Auto IV" e se consolidando como o maior lançamento de um produto de entretenimento da história.
ANIVERSÁRIOS DE 2009
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Estrondoso sucesso do Xbox, Halo completou uma década de vida em grande forma
15 anos do PS1
20 anos de "Earthbound
20 anos do Master System (BR)
25 anos de "Tetris"
20 anos do Game Boy
Fãs de velocidade puderam compensar a ausência de "Gran Turismo 5" em grande estilo, com "Forza Motorsport 3", no Xbox 360, e "Need for Speed> Shift", reinvenção da popular franquia de corrida que agora focou em simular uma experiência realista de corrida. Quem apareceu também foi o longamente adiado "Gran Turismo" para PSP, que decepcionou imensamente pela ausência do tradicional modo de carreira.
Ação não faltou também no belo "Uncharted 2: Among Thieves", no caprichado "Assassin's Creed II" e o pacote de expansão "Halo 3: ODST", que mostrou uma nova maneira de contar histórias no universo de "Halo". Bom humor e variedade de estilos de jogo foram os pontos altos de "Brütal Legend", estrelado por Jack Black, e fantasia medieval com qualidade raramente vista foi o destaque do RPG "Dragon Age: Origins".
Além de estrelar o nostálgico "New Super Mario Bros. Wii", o encanador da Nintendo se juntou ao irmão Luigi no DS em "Mario & Luigi: Bowser's Inside Story", mais um capítulo da engraçada série de RPG. Já o PSP teve sua dose de aventuras coloridas com "LocoRoco 2" e uma versão miniatura de "LittleBigPlanet".
Até nostalgia teve vez com "The Secret of Monkey Island: Special Edition", versão refeita com visual em alta definição e dublagem da clássica jornada do poderoso pirata Guybrush Threepwood - que ainda acompanhou o lançamento de uma nova leva de novas aventuras em 3D da série, produzidas pela competente Telltale Games.
"THE SIMS 3", "UNCHARTED 2", "HALO 3: ODST" E OUTROS
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
Apesar da força de "Modern Warfare 2" e a linha de títulos fortes para Xbox 360 e, principalmente, PlayStation , o ano de 2009 foi novamente de ampla superioridade da Nintendo - tanto nas vendas de consoles quanto jogos. O console mais vendido do ano no mundo foi o Nintendo DS que - somadas todas suas versões - teve cerca de 24 milhões de unidades compradas. O Wii vem em seguida, com 16 milhões de consoles e depois o PS3, com aproximadamente 9,7 milhões de videogames vendidos no ano. PSP e X360 dividem a marca de 8 milhões, enquanto o longevo PlayStation 2 apresenta vendas de 4 milhões de unidades.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
A História do Videogame 2008
ANIVERSÁRIOS DE 2008
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Console de maior sucesso da Sega, o Mega Drive completou duas décadas de vida
20 anos da série "Ninja Gaiden"
15 anos do Atari Jaguar
15 anos do videogame 3DO
10 anos do Dreamcast, da Sega
10 anos da série "Half-Life"
Normalmente, início de ano é uma época de calmaria para a indústria de games, mas no Brasil a paz foi quebrada logo em janeiro pela proibição da comercialização de "Counter-Strike" e "EverQuest", em decisão proferida pelo Juízo da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais. Citando o Código de Defesa do Consumidor, o Procon considerou os jogos "impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde", e fez buscas para recolhê-los de lojas e lan houses. Meses depois foi a vez de "Bully" ser proibido no Rio Grande do Sul pelo Ministério Público local.
Durante a Game Developers Conference, em fevereiro, nos Estados Unidos, gigantes como Microsoft, Intel, AMD, Nvidia e Activision Blizzard anunciaram a formação da PC Gaming Alliance (PCGA), cujo objetivo é fazer a plataforma, ofuscada pelos consoles, voltar a brilhar - em 2007, o computador representou apenas 14% do total das vendas de games. Ainda assim, 2008 foi um ano de poucos destaques exclusivos para PC, que viu a chegada de "Spore", simulador de vida de Will Wright, e de "Wrath of the Lich King", segunda pacote de expansão para "World of WarCraft".
Por falar no MMO da Blizzard, o inabalável "World of WarCraft" atingiu a marca de 11 milhões de assinantes e chegou a países como a Rússia, mas continuou fora do Brasil. Por outro lado, títulos como "Age of Conan" e "Warhammer Online", de Funcom e Electronic Arts, respectivamente, chegaram para tentar abocanhar usuários do game. Mas a missão era um tanto ingrata, já que "Warth of the Lich King", com 2,8 milhões de cópias vendidas em 24 horas, tornou-se o jogo para PC mais rapidamente vendido da história até então, superando o feito da expansão anterior.
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Em junho, a produtora de "God of War: Chains of Olympus" anunciou que desistia do PSP, devolvendo os kits de desenvolvimento e considerando o portátil como "uma era encerrada". A Ubisoft, por outro lado, prometeu apoio e disse considerá-lo uma "plataforma importante". Em 2008, as vendas do PSP caíram nos EUA e Europa, mas alcançaram ótima performance no Japão.
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Os primeiros meses do ano foram de poucos lançamentos, mas a chegada de "Devil May Cry 4" e do curioso "Patapon", exclusivo do PSP, em fevereiro, abriram a porteira: no mês seguinte, o portátil da Sony recebeu "God of War: Chain of Olympus" e o Wii, por sua vez, viu a chegada do ansiado "Super Smash Bros. Brawl", que colocou personagens com Sonic, Solid Snake e Mario para brigar nas arenas do console.
Em abril foi a vez de "Grand Theft Auto IV", estréia da franquia da Rockstar Games no PlayStation 3 e Xbox 360, que desbancou o livro "Harry Potter e as Relíquias da Morte" e transformou-se no maior lançamento de entretenimento de todos os tempos, deixando para trás inclusive games, filmes, e outros livros. Foram 3,6 milhões de unidades vendidas no primeiro dia nas lojas, gerando US$ 310 milhões - "Halo 3", recordista anterior entre os games, conseguira US$ 170 milhões em 2007.
Foi um ano difícil para algumas produtoras, como a Tecmo, que viu o polêmico Tomonobu Itagaki, produtor de séries como "Ninja Gaiden" e "Dead or Alive", pedir demissão do estúdio interno Team Ninja e ingressar com uma ação contra a distribuidora acusando-a de não pagar gratificações. A Tecmo, por sua vez, rebateu Itagaki dizendo ter sido mal-interpretada e criticando Itagaki por levar todo o crédito pelos títulos produzidos pelo restante do Team Ninja. Por causa do imbróglio, as ações da Tecmo chegaram a cair mais de 10%. Meses depois, a empresa anunciou uma fusão com a Koei.
IPHONE ENTRA NA BRIGA
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Com o lançamento do iPhone 3G, a Apple ingressou no mercado de portáteis. Para se ter uma idéia, Neil Young, que era executivo da Electronic Arts, deixou a companhia e fundou a ngmoco, dedicada à produção de games para iPhone e iPod - Gameloft, Square Enix e a própria EA foram outras companhias que, logo de cara, investiram nos aparelhos. Além de um hardware capaz de performances comparáveis a dos DS e PSP, o iPhone conta ainda com câmera e GPS.
Já LucasArts e Electronic Arts demitiram 500 funcionários cada uma. Enquanto a produtora de George Lucas procurou encarar a decisão como algo normal, conseqüência do que chamou de "ciclo de projetos", a EA culpou o prejuízo líquido de US$ 310 milhões no 2º trimestre do ano fiscal de 2008, além dos efeitos da crise financeira que se espalhou pelo mundo durante o ano. A Midway, por sua vez, amargou prejuízo acima do esperado, fechou um estúdio em Los Angeles, cancelou, projetos e demitiu cerca de 90 funcionários.
A situação pioraria até o final do ano: a Midway, ameaçada de falência, voltou a demitir - desta vez, 180 funcionários, o equivalente a 25% da força de trabalho da companhia. A Electronic Arts interrompeu planos de expansão no Canadá, reduziu o número de lançamentos do ano seguinte, anunciou o fechamento de nove estúdios internos (incluindo a EA Black Box, de "Need for Speed" e "Skate") e terminou 2008 com a demissão de, no total, 1.000 empregados, o equivalente a 10% de sua força de trabalho na época. A Sony, por sua vez, colocou 8.000 funcionários no olho da rua.
No mês de maio, a Nintendo levou "Wii Fit" às prateleiras e, mais uma vez, causou alvoroço na mídia e entre os não-jogadores. Graças ao aplicativo de ginástica, um dos produtos mais procurados do Natal, muita gente sem tempo para freqüentar academias passou a praticar exercícios com a ajuda da Balance Board.
Em um ano de acontecimentos importantes para a indústria nacional de games, o anúncio da instalação de um estúdio da Ubisoft em São Paulo, no mês de junho, foi certamente o mais importante deles. Cerca de 20 profissionais foram contratados para trabalhar no primeiro projeto da filial, dirigida por Bertrand Chaverot: um título da série "Imagine", para Nintendo DS, voltada a meninas entre 8 e 14 anos (o chamado público "tween", mistura dos termos "teen" e "between").
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Temporada de lançamentos começou mais cedo, com "Metal Gear Solid 4" (PS3);...
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...mais para o final do ano, "Guitar Hero: World Tour" chegou para competir com "Rock Band";...
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..."LittleBigPlanet" foi uma das melhores escolhas do PS3...
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...e no Xbox 360, o explosivo "Gears of Wars" ganhou continuação
VEJA JOGOS DE 2008
Em 12 de junho, como se sabe, celebra-se o Dia dos Namorados, mas para os proprietários do PS3 a data marcou outra comemoração: a chegada de "Metal Gear Solid 4", cujas vendas - 4,5 milhões de unidades em 2008 - ajudaram a impulsionar os lucros da Konami. Novamente, Hideo Kojima se superou, fechando com chave de ouro a saga por ele criada.
Em julho, foi realizada talvez uma das edições mais insossas da E3, que não contou com a participação de Activision, Vivendi Games, LucasArts e Id Software - todas deixaram a ESA (Entertainment Software Association), organizadora do evento. O resultado? Poucas novidades. A maior foi o anúncio de "Final Fantasy XIII", até então cotado como exclusivo do PS3, para Xbox 360. A Nintendo, por sua vez, revelou o Wii MotionPlus, acessório para o Wii Remote que melhora a sensibilidade e precisão do controle. Já a Sony anunciou a redução de US$ 100 no preço do modelo de 80 GB de PlayStation 3, que passou a custar US$ 400. O pacote substituiu o modelo de 40 GB, mantendo todas as suas funções.
Muito pouco para aquela outrora conhecida como a principal e maior feira de games do mundo. A manutenção do formato enxuto - em 2008, foram 39 expositores e cerca de 5.000 convidados - gerou duras críticas de produtoras como Electronic Arts e Nintendo. Meses depois, a ESA anunciou que, no ano seguinte, a E3 voltaria ao antigo formato, para dezenas de milhares de visitantes e com estandes superproduzidos.
A sinergia entre a música e os games deu show: os lançamentos de "Rock Band 2" e "Guitar Hero: World Tour", de Electronic Arts e Activision, respectivamente, sedimentou um gênero que caiu nas graças do público. Se em 2007 ambas as franquias arrecadaram US$ 1 bilhão, a expectativa para as continuações era ainda melhor. Jimi Hendrix, The Who e Guns n' Roses foram alguns dos ícones do rock que pintaram nos games musicais. Enquanto "Rock Band 2" apostou em uma lista mais eclética, de Duran Duran a Bob Dylan, "Guitar Hero: World Tour" incorporou bateria e microfone à brincadeira. Nintendo e Konami tentaram pegar carona na onda, com "Wii Music" e "Rock Revolution", mas não obtiveram muito sucesso.
Em setembro, a Microsoft anunciou o fechamento da Ensemble Studios logo após o término do desenvolvimento de "Halo Wars", para Xbox 360. O estúdio, comprado pela Microsoft em 2001, estava trabalhando também em um MMO de "Halo" e se disse chocado com a decisão que, "motivada por questões fiscais, não foi fácil", segundo a fabricante do console.
"METAL GEAR SOLID 4", "WII FIT", "GTA IV" E OUTROS (2008)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
Conforme analistas previam e materiais publicitários deixaram escapar, o preço do Xbox 360 foi cortado: o modelo Arcade, sem disco rígido, passou a custar US$ 200, enquanto o Pro, incorporando HD de 60 GB, ficou por US$ 300. Por fim, o Elite, preto e com 120 GB de HD, passou a valer US$ 400. No Brasil, o console, com 60 GB, cabo HDMI e dois jogos inclusos - "Too Human", "Project Gotham Racing 4" -, ficou por R$ 1899. O valor contudo, foi para R$ 2399 em novembro, graças à alta do dólar.
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Foram R$ 15 milhões em investimentos e quatro anos do suor de uma equipe que, em 2008, contava com mais de 70 profissionais, números suficientes para fazer de "Taikodom", segundo a produtora catarinense Hoplon Infotainment, o maior projeto de jogo desenvolvido no Brasil. Em outubro, após tanto esforço, adiamentos e reformulações, o jogo viu a luz do dia, introduzindo o conceito de Massive Social Game (MSG) ao colocar milhares para cooperar e lutar entre si.
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Pelo mundo, o Brasil foi reconhecido enquanto mercado e citado por empresas como Nintendo e Sony, muito embora não da forma que os jogadores gostariam. Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, reconheceu que o país tem potencial para ser o maior mercado da América Latina, mas deixou claro que isso não vai acontecer enquanto a carga tributária permanecer tão alta. Em plena era do PS3, a Sony, por sua vez, obteve autorização para fabricar o PlayStation 2 em território nacional, anunciado o lançamento local da plataforma para 2009.
Mesmo com 194.288 visitantes, recorde de público para a Tokyo Game Show, a tradicional feira de games japonesa, realizada em outubro, teve uma edição discreta em 2008, com pouquíssimas novidades e focada nos lançamentos do final do ano. Sobrou espaço para discussões acerca da crise no mercado de games local que, segundo o próprio tema do evento, precisa pensar de forma global para voltar aos tempos de glória. Executivos de produtoras como Square Enix, Capcom e Namco-Bandai, admitiram que o Japão não é mais o principal pólo criador de games, mas mostraram confiança ao dizer que a crise será superada.
Disponíveis no mercado desde 2004, PSP e DS receberam novas edições: o PSP-3000 investiu na tela, com melhor contraste e anti-reflexo, especialmente útil em locais externos e muito iluminados, além do microfone interno, cujo objetivo foi estabelecer o portátil como dispositivo de comunicação, principalmente para os interessados em usar o Skype; já o DSi apresentou duas minicâmeras e uma entrada para cartão de memória padrão SD, que permitiu o download de software para o aparelho.
A Tectoy escolheu o mês de novembro para revelar o Zeebo, videogame desenvolvido em parceria com a Qualcomm, e que tem na alça de mira os países emergentes. Fabricado nas instalações da companhia em Manaus e com lançamento programado para 2009, o aparelho não utiliza mídia física: todos os games serão armazenados no HD do aparelho, e baixados através de uma rede 3G proprietária, a ZeeboNet3G. Com potencial semelhante ao do PlayStation 2, o Zeebo recebeu suporte de grandes publishers, como Capcom, Sega, Activision, 3D Realms, Id Software e Electronic Arts.
Que final de ano é prolífico em lançamentos, isso já se sabe, mas a safra de 2008 foi admirável, com direito a continuações de best-sellers de anos anteriores - "Gears of War 2" e "Resistance 2" -, que se mostraram maiores e melhores, e clássicos que voltaram à tona em grande forma, como o remake de "Chrono Trigger" para DS e "Fallout 3", para PC, PS3 e Xbox 360. Já "Call of Duty", game mais vendido em 2007, retornou à Segunda Guerra Mundial em "World at War", enquanto o RPG "Fable 2", de Peter Molyneux, englobou uma vida inteira dentro do Xbox 360.
"TABULA RASA" NO ESPAÇO
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Richard "British" Garriott, criador de "Ultima", foi o 6º turista a pagar cerca de US$ 30 milhões para viajar ao espaço. Garriott ainda concretizou uma campanha de marketing em torno de "Tabula Rasa", sua mais recente criação na época, mas nem isso salvou o RPG online do fracasso: a NCSoft, empresa que o produtor já havia deixado, anunciou a desativação dos servidores do game.
Houve espaço também para o surgimento de franquias inéditas, como "Dead Space", competente "survival horror" da Electronic Arts, e "LittleBigPlanet", título para PlayStation 3 que apresentou o mascote "sack boy" e primou por explorar a criatividade dos usuários na criação de conteúdo.
Foi um ano pródigo para os "indies" que, sem muito alarde, contaram com a ajuda de serviços virtuais como a Xbox Live e o WiiWare para divulgar suas criações. Os cavaleiros de "Castle Crashers" e os quebra-cabeças de "Braid", ambos para Xbox 360, caíram nas graças da crítica e do público. Foi assim também com "World of Goo", para PC e Wii, que usou a criatividade para divertir - e muito.
No final do ano, a Microsoft liberou a atualização New Xbox Experience para a Live, rede online do Xbox 360. A principal novidade era a possibilidade criar um avatar 3D, e depois se reunir com até oito pessoas para conversar e jogar. A navegação também ganhou elementos tridimensionais e os jogos, por sua vez, opção de instalação no disco rígido.
Pouco depois, em dezembro, foi a vez da Sony, enfim, inaugurar a sua comunidade virtual, a PlayStation Home, ainda que em forma de beta aberto. No mundo virtual para o PS3, , o jogador é representado por um avatar, que pode ser personalizado da aparência à constituição física, sem falar nas roupas e acessórios. Cada "habitante" tem um apartamento e pode circular também por áreas públicas, inclusive algumas temáticas, inspiradas em jogos ou mesmo produtoras. É possível não apenas interagir com outras pessoas, mas também jogar minigames.
Entre as fabricantes de consoles, 2008 foi caracterizado pela grande superioridade da Nintendo, principalmente nos EUA, onde chegou a vender dois milhões de unidades do Wii, líder entre os consoles, no mês de novembro, o que, junto com as também fortes vendas do Nintendo DS, gerou uma arrecadação de US$ 500 milhões. Ainda por lá, o Xbox 360, embalado pelo corte no preço, manteve-se à frente do PlayStation 3. Se o console da Sony definitivamente não engrenou no Ocidente, ao menos a companhia viu o portátil PSP ficar entre os primeiros no Japão, boa parte graças a "Monster Hunter Portable 2nd G". O Wii também foi campeão entre os consoles em terras nipônicas, e o Nintendo DS, junto com o novo DSi, ficou no mesmo patamar do PSP.
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Console de maior sucesso da Sega, o Mega Drive completou duas décadas de vida
20 anos da série "Ninja Gaiden"
15 anos do Atari Jaguar
15 anos do videogame 3DO
10 anos do Dreamcast, da Sega
10 anos da série "Half-Life"
Normalmente, início de ano é uma época de calmaria para a indústria de games, mas no Brasil a paz foi quebrada logo em janeiro pela proibição da comercialização de "Counter-Strike" e "EverQuest", em decisão proferida pelo Juízo da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais. Citando o Código de Defesa do Consumidor, o Procon considerou os jogos "impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde", e fez buscas para recolhê-los de lojas e lan houses. Meses depois foi a vez de "Bully" ser proibido no Rio Grande do Sul pelo Ministério Público local.
Durante a Game Developers Conference, em fevereiro, nos Estados Unidos, gigantes como Microsoft, Intel, AMD, Nvidia e Activision Blizzard anunciaram a formação da PC Gaming Alliance (PCGA), cujo objetivo é fazer a plataforma, ofuscada pelos consoles, voltar a brilhar - em 2007, o computador representou apenas 14% do total das vendas de games. Ainda assim, 2008 foi um ano de poucos destaques exclusivos para PC, que viu a chegada de "Spore", simulador de vida de Will Wright, e de "Wrath of the Lich King", segunda pacote de expansão para "World of WarCraft".
Por falar no MMO da Blizzard, o inabalável "World of WarCraft" atingiu a marca de 11 milhões de assinantes e chegou a países como a Rússia, mas continuou fora do Brasil. Por outro lado, títulos como "Age of Conan" e "Warhammer Online", de Funcom e Electronic Arts, respectivamente, chegaram para tentar abocanhar usuários do game. Mas a missão era um tanto ingrata, já que "Warth of the Lich King", com 2,8 milhões de cópias vendidas em 24 horas, tornou-se o jogo para PC mais rapidamente vendido da história até então, superando o feito da expansão anterior.
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Em junho, a produtora de "God of War: Chains of Olympus" anunciou que desistia do PSP, devolvendo os kits de desenvolvimento e considerando o portátil como "uma era encerrada". A Ubisoft, por outro lado, prometeu apoio e disse considerá-lo uma "plataforma importante". Em 2008, as vendas do PSP caíram nos EUA e Europa, mas alcançaram ótima performance no Japão.
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Os primeiros meses do ano foram de poucos lançamentos, mas a chegada de "Devil May Cry 4" e do curioso "Patapon", exclusivo do PSP, em fevereiro, abriram a porteira: no mês seguinte, o portátil da Sony recebeu "God of War: Chain of Olympus" e o Wii, por sua vez, viu a chegada do ansiado "Super Smash Bros. Brawl", que colocou personagens com Sonic, Solid Snake e Mario para brigar nas arenas do console.
Em abril foi a vez de "Grand Theft Auto IV", estréia da franquia da Rockstar Games no PlayStation 3 e Xbox 360, que desbancou o livro "Harry Potter e as Relíquias da Morte" e transformou-se no maior lançamento de entretenimento de todos os tempos, deixando para trás inclusive games, filmes, e outros livros. Foram 3,6 milhões de unidades vendidas no primeiro dia nas lojas, gerando US$ 310 milhões - "Halo 3", recordista anterior entre os games, conseguira US$ 170 milhões em 2007.
Foi um ano difícil para algumas produtoras, como a Tecmo, que viu o polêmico Tomonobu Itagaki, produtor de séries como "Ninja Gaiden" e "Dead or Alive", pedir demissão do estúdio interno Team Ninja e ingressar com uma ação contra a distribuidora acusando-a de não pagar gratificações. A Tecmo, por sua vez, rebateu Itagaki dizendo ter sido mal-interpretada e criticando Itagaki por levar todo o crédito pelos títulos produzidos pelo restante do Team Ninja. Por causa do imbróglio, as ações da Tecmo chegaram a cair mais de 10%. Meses depois, a empresa anunciou uma fusão com a Koei.
IPHONE ENTRA NA BRIGA
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Com o lançamento do iPhone 3G, a Apple ingressou no mercado de portáteis. Para se ter uma idéia, Neil Young, que era executivo da Electronic Arts, deixou a companhia e fundou a ngmoco, dedicada à produção de games para iPhone e iPod - Gameloft, Square Enix e a própria EA foram outras companhias que, logo de cara, investiram nos aparelhos. Além de um hardware capaz de performances comparáveis a dos DS e PSP, o iPhone conta ainda com câmera e GPS.
Já LucasArts e Electronic Arts demitiram 500 funcionários cada uma. Enquanto a produtora de George Lucas procurou encarar a decisão como algo normal, conseqüência do que chamou de "ciclo de projetos", a EA culpou o prejuízo líquido de US$ 310 milhões no 2º trimestre do ano fiscal de 2008, além dos efeitos da crise financeira que se espalhou pelo mundo durante o ano. A Midway, por sua vez, amargou prejuízo acima do esperado, fechou um estúdio em Los Angeles, cancelou, projetos e demitiu cerca de 90 funcionários.
A situação pioraria até o final do ano: a Midway, ameaçada de falência, voltou a demitir - desta vez, 180 funcionários, o equivalente a 25% da força de trabalho da companhia. A Electronic Arts interrompeu planos de expansão no Canadá, reduziu o número de lançamentos do ano seguinte, anunciou o fechamento de nove estúdios internos (incluindo a EA Black Box, de "Need for Speed" e "Skate") e terminou 2008 com a demissão de, no total, 1.000 empregados, o equivalente a 10% de sua força de trabalho na época. A Sony, por sua vez, colocou 8.000 funcionários no olho da rua.
No mês de maio, a Nintendo levou "Wii Fit" às prateleiras e, mais uma vez, causou alvoroço na mídia e entre os não-jogadores. Graças ao aplicativo de ginástica, um dos produtos mais procurados do Natal, muita gente sem tempo para freqüentar academias passou a praticar exercícios com a ajuda da Balance Board.
Em um ano de acontecimentos importantes para a indústria nacional de games, o anúncio da instalação de um estúdio da Ubisoft em São Paulo, no mês de junho, foi certamente o mais importante deles. Cerca de 20 profissionais foram contratados para trabalhar no primeiro projeto da filial, dirigida por Bertrand Chaverot: um título da série "Imagine", para Nintendo DS, voltada a meninas entre 8 e 14 anos (o chamado público "tween", mistura dos termos "teen" e "between").
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Temporada de lançamentos começou mais cedo, com "Metal Gear Solid 4" (PS3);...
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...mais para o final do ano, "Guitar Hero: World Tour" chegou para competir com "Rock Band";...
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..."LittleBigPlanet" foi uma das melhores escolhas do PS3...
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...e no Xbox 360, o explosivo "Gears of Wars" ganhou continuação
VEJA JOGOS DE 2008
Em 12 de junho, como se sabe, celebra-se o Dia dos Namorados, mas para os proprietários do PS3 a data marcou outra comemoração: a chegada de "Metal Gear Solid 4", cujas vendas - 4,5 milhões de unidades em 2008 - ajudaram a impulsionar os lucros da Konami. Novamente, Hideo Kojima se superou, fechando com chave de ouro a saga por ele criada.
Em julho, foi realizada talvez uma das edições mais insossas da E3, que não contou com a participação de Activision, Vivendi Games, LucasArts e Id Software - todas deixaram a ESA (Entertainment Software Association), organizadora do evento. O resultado? Poucas novidades. A maior foi o anúncio de "Final Fantasy XIII", até então cotado como exclusivo do PS3, para Xbox 360. A Nintendo, por sua vez, revelou o Wii MotionPlus, acessório para o Wii Remote que melhora a sensibilidade e precisão do controle. Já a Sony anunciou a redução de US$ 100 no preço do modelo de 80 GB de PlayStation 3, que passou a custar US$ 400. O pacote substituiu o modelo de 40 GB, mantendo todas as suas funções.
Muito pouco para aquela outrora conhecida como a principal e maior feira de games do mundo. A manutenção do formato enxuto - em 2008, foram 39 expositores e cerca de 5.000 convidados - gerou duras críticas de produtoras como Electronic Arts e Nintendo. Meses depois, a ESA anunciou que, no ano seguinte, a E3 voltaria ao antigo formato, para dezenas de milhares de visitantes e com estandes superproduzidos.
A sinergia entre a música e os games deu show: os lançamentos de "Rock Band 2" e "Guitar Hero: World Tour", de Electronic Arts e Activision, respectivamente, sedimentou um gênero que caiu nas graças do público. Se em 2007 ambas as franquias arrecadaram US$ 1 bilhão, a expectativa para as continuações era ainda melhor. Jimi Hendrix, The Who e Guns n' Roses foram alguns dos ícones do rock que pintaram nos games musicais. Enquanto "Rock Band 2" apostou em uma lista mais eclética, de Duran Duran a Bob Dylan, "Guitar Hero: World Tour" incorporou bateria e microfone à brincadeira. Nintendo e Konami tentaram pegar carona na onda, com "Wii Music" e "Rock Revolution", mas não obtiveram muito sucesso.
Em setembro, a Microsoft anunciou o fechamento da Ensemble Studios logo após o término do desenvolvimento de "Halo Wars", para Xbox 360. O estúdio, comprado pela Microsoft em 2001, estava trabalhando também em um MMO de "Halo" e se disse chocado com a decisão que, "motivada por questões fiscais, não foi fácil", segundo a fabricante do console.
"METAL GEAR SOLID 4", "WII FIT", "GTA IV" E OUTROS (2008)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
Conforme analistas previam e materiais publicitários deixaram escapar, o preço do Xbox 360 foi cortado: o modelo Arcade, sem disco rígido, passou a custar US$ 200, enquanto o Pro, incorporando HD de 60 GB, ficou por US$ 300. Por fim, o Elite, preto e com 120 GB de HD, passou a valer US$ 400. No Brasil, o console, com 60 GB, cabo HDMI e dois jogos inclusos - "Too Human", "Project Gotham Racing 4" -, ficou por R$ 1899. O valor contudo, foi para R$ 2399 em novembro, graças à alta do dólar.
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Foram R$ 15 milhões em investimentos e quatro anos do suor de uma equipe que, em 2008, contava com mais de 70 profissionais, números suficientes para fazer de "Taikodom", segundo a produtora catarinense Hoplon Infotainment, o maior projeto de jogo desenvolvido no Brasil. Em outubro, após tanto esforço, adiamentos e reformulações, o jogo viu a luz do dia, introduzindo o conceito de Massive Social Game (MSG) ao colocar milhares para cooperar e lutar entre si.
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Pelo mundo, o Brasil foi reconhecido enquanto mercado e citado por empresas como Nintendo e Sony, muito embora não da forma que os jogadores gostariam. Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, reconheceu que o país tem potencial para ser o maior mercado da América Latina, mas deixou claro que isso não vai acontecer enquanto a carga tributária permanecer tão alta. Em plena era do PS3, a Sony, por sua vez, obteve autorização para fabricar o PlayStation 2 em território nacional, anunciado o lançamento local da plataforma para 2009.
Mesmo com 194.288 visitantes, recorde de público para a Tokyo Game Show, a tradicional feira de games japonesa, realizada em outubro, teve uma edição discreta em 2008, com pouquíssimas novidades e focada nos lançamentos do final do ano. Sobrou espaço para discussões acerca da crise no mercado de games local que, segundo o próprio tema do evento, precisa pensar de forma global para voltar aos tempos de glória. Executivos de produtoras como Square Enix, Capcom e Namco-Bandai, admitiram que o Japão não é mais o principal pólo criador de games, mas mostraram confiança ao dizer que a crise será superada.
Disponíveis no mercado desde 2004, PSP e DS receberam novas edições: o PSP-3000 investiu na tela, com melhor contraste e anti-reflexo, especialmente útil em locais externos e muito iluminados, além do microfone interno, cujo objetivo foi estabelecer o portátil como dispositivo de comunicação, principalmente para os interessados em usar o Skype; já o DSi apresentou duas minicâmeras e uma entrada para cartão de memória padrão SD, que permitiu o download de software para o aparelho.
A Tectoy escolheu o mês de novembro para revelar o Zeebo, videogame desenvolvido em parceria com a Qualcomm, e que tem na alça de mira os países emergentes. Fabricado nas instalações da companhia em Manaus e com lançamento programado para 2009, o aparelho não utiliza mídia física: todos os games serão armazenados no HD do aparelho, e baixados através de uma rede 3G proprietária, a ZeeboNet3G. Com potencial semelhante ao do PlayStation 2, o Zeebo recebeu suporte de grandes publishers, como Capcom, Sega, Activision, 3D Realms, Id Software e Electronic Arts.
Que final de ano é prolífico em lançamentos, isso já se sabe, mas a safra de 2008 foi admirável, com direito a continuações de best-sellers de anos anteriores - "Gears of War 2" e "Resistance 2" -, que se mostraram maiores e melhores, e clássicos que voltaram à tona em grande forma, como o remake de "Chrono Trigger" para DS e "Fallout 3", para PC, PS3 e Xbox 360. Já "Call of Duty", game mais vendido em 2007, retornou à Segunda Guerra Mundial em "World at War", enquanto o RPG "Fable 2", de Peter Molyneux, englobou uma vida inteira dentro do Xbox 360.
"TABULA RASA" NO ESPAÇO
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Richard "British" Garriott, criador de "Ultima", foi o 6º turista a pagar cerca de US$ 30 milhões para viajar ao espaço. Garriott ainda concretizou uma campanha de marketing em torno de "Tabula Rasa", sua mais recente criação na época, mas nem isso salvou o RPG online do fracasso: a NCSoft, empresa que o produtor já havia deixado, anunciou a desativação dos servidores do game.
Houve espaço também para o surgimento de franquias inéditas, como "Dead Space", competente "survival horror" da Electronic Arts, e "LittleBigPlanet", título para PlayStation 3 que apresentou o mascote "sack boy" e primou por explorar a criatividade dos usuários na criação de conteúdo.
Foi um ano pródigo para os "indies" que, sem muito alarde, contaram com a ajuda de serviços virtuais como a Xbox Live e o WiiWare para divulgar suas criações. Os cavaleiros de "Castle Crashers" e os quebra-cabeças de "Braid", ambos para Xbox 360, caíram nas graças da crítica e do público. Foi assim também com "World of Goo", para PC e Wii, que usou a criatividade para divertir - e muito.
No final do ano, a Microsoft liberou a atualização New Xbox Experience para a Live, rede online do Xbox 360. A principal novidade era a possibilidade criar um avatar 3D, e depois se reunir com até oito pessoas para conversar e jogar. A navegação também ganhou elementos tridimensionais e os jogos, por sua vez, opção de instalação no disco rígido.
Pouco depois, em dezembro, foi a vez da Sony, enfim, inaugurar a sua comunidade virtual, a PlayStation Home, ainda que em forma de beta aberto. No mundo virtual para o PS3, , o jogador é representado por um avatar, que pode ser personalizado da aparência à constituição física, sem falar nas roupas e acessórios. Cada "habitante" tem um apartamento e pode circular também por áreas públicas, inclusive algumas temáticas, inspiradas em jogos ou mesmo produtoras. É possível não apenas interagir com outras pessoas, mas também jogar minigames.
Entre as fabricantes de consoles, 2008 foi caracterizado pela grande superioridade da Nintendo, principalmente nos EUA, onde chegou a vender dois milhões de unidades do Wii, líder entre os consoles, no mês de novembro, o que, junto com as também fortes vendas do Nintendo DS, gerou uma arrecadação de US$ 500 milhões. Ainda por lá, o Xbox 360, embalado pelo corte no preço, manteve-se à frente do PlayStation 3. Se o console da Sony definitivamente não engrenou no Ocidente, ao menos a companhia viu o portátil PSP ficar entre os primeiros no Japão, boa parte graças a "Monster Hunter Portable 2nd G". O Wii também foi campeão entre os consoles em terras nipônicas, e o Nintendo DS, junto com o novo DSi, ficou no mesmo patamar do PSP.
A História do Videogame 2007
O lançamento do PlayStation 3 na Europa, em 23 de março, foi o primeiro acontecimento marcante de 2007. Fraca, a recepção no Velho Continente não teve as filas e confusões registradas nos Estados Unidos e Japão, onde o console estava disponível desde o ano anterior. Porém, nos meses seguintes a situação do PS3 melhorou na região, estimulada pela campanha de marketing da Sony, que investiu US$ 6 milhões.
Coube à Sony, aliás, a notícia de maior relevância da Game Developers Conference, em San Francisco, em março, ao anunciar o PlayStation Home, comunidade virtual para a rede online do PS3: nela, o jogador assume o papel de um avatar e passeia por diversos ambientes 3D, socializando-se com outras pessoas e divertindo-se com conteúdo criado pelas produtoras de game - e pela própria Sony, é claro.
O COMPOSITOR DA NINTENDO
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Na GDC 2007, Koji Kondo, responsável pelas trilhas sonoras de pérolas como "Mario" e "Zelda", fez a sua primeira aparição pública no Ocidente
Só se falava em nova geração, mas foi "God of War II" o primeiro grande lançamento do ano, para o bom e velho PlayStation 2. O velho e bom console, aliás, além de chegar a 120 milhões de unidades vendidas, passou a ser posicionado pela Sony como um concorrente do Wii, longe de encerrar carreira. Por isso, aumentou o número de jogos casuais. Títulos como "Boogie", anunciado para Wii, ganhariam versões para PS2.
Semanas depois, chegou às prateleiras um título de "Pokémon" para o DS, nas variações "Diamond" e "Pearl". Resultado? Sucesso instantâneo - mais que isso, já que em seis meses ambos venderam aproximadamente 7 milhões de cópias, ajudando a Nintendo a dobrar seus lucros no primeiro semestre do ano.
PS3 PARA CURAR O CÂNCER
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Em março, o PS3 passou a integrar o Folding@home, projeto da Universidade de Stanford, que utiliza a internet e os sistemas computacionais voluntários para decifrar a o processo de formação de diversas doenças, como câncer e Alzheimer, e assim procurar pistas para a cura desses males. Graças ao console, meses depois o programa entrou para livro Guinness como o mais poderoso sistema de rede distribuído do mundo
Em 29 de abril, chegou às prateleiras da América do Norte o Xbox 360 Elite, modelo do console na cor preta, com HD de 120GB e saída de áudio e vídeo HDMI, por US$ 479. Nos meses seguintes, Europa e Japão receberem o modelo, que é o mais caro dentre todos os disponíveis para o Xbox 360.
Em um maio sem E3, a Microsoft apertou o cerco contra a pirataria no Xbox 360, banindo da rede Live, em caráter permanente, os consoles modificados para rodar cópias ilegais de games. Uma mensagem de texto era exibida na tela avisando sobre o banimento assim que os usuários de conectava à rede.
A Blizzard escolheu Seul, capital do país onde "StarCraft" é uma verdadeira febre, para anunciar a tão esperada continuação do game de estratégia em tempo real lançado em 1998. A versão, na verdade, é quase um "upgrade" do original, mantendo as três raças - Protoss, Terran e Zerg -, mas modernizando os gráficos e acrescentando unidades inéditas.
Em junho, Ken Kutaragi deixou os cargos de presidente do conselho e executivo-chefe da divisão de games da Sony Computer Entertainment (SCEI), afastando-se de funções executivas para tornar-se presidente de honra do conselho. Engenheiro por formação, o "pai do PlayStation" foi o principal responsável pela criação do setor de videogames da Sony. Contudo, a relação da Kutaragi estava desgastada dentro da companhia, agravada pelos problemas com as performances do PSP e do PlayStation 3. Em seu lugar, assumiu Kaz Hirai.
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Lançado em novembro, "Assassin's Creed" foi um dos muitos títulos exclusivos que virou multiplataforma
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Em 2007, viu-se que os jogos exclusivos estão caindo em desuso: muitas produtoras optaram por tornar-se multiplataforma, já que custa cada vez mais caro produzir um game e, comumente, lançá-lo para apenas um sistema não garante o retorno financeiro. Foi o caso da Koei, que anunciou para Xbox 360 versões de "Fatal Inertia" e "Bladestorm", até então exclusivos para PS3, seguindo o caminho traçado por "Virtua Fighter 5 e "Assassin's Creed" e "Katamari". Porém, foi o anúncio de "Devil May Cry 4" para Xbox 360 e PC que ganhou mais repercussão - fãs mais exaltados chegaram a criar um abaixo-assinado para manter o game exclusivo do PlayStation 3. Mais no final do ano, a Capcom faria o anúncio de "Lost Planet" para PS3, jogo que foi exclusivo do Xbox 360.
A Rockstar Games, acostumada às polêmicas envolvendo suas franquias controversas, como "GTA", viu "Manhunt 2", para Wii, PSP e PS2, ser banido do Reino Unido - o motivo, naturalmente, foi o exagero de violência no conteúdo, repleto de assassinatos frios e cruéis. Nos Estados Unidos, o jogo recebeu a classificação "Adults Only" ("Somente para Adultos), o que impediu a sua comercialização no país, já que Nintendo e Sony não permitem jogos com tal selo em seus consoles. Apenas em outubro "Manhunt 2" conseguiu ingressar nos EUA, só que em edição com conteúdo atenuado, classificada como "Mature" (para maiores de 17 anos). Em países como a Holanda, o game foi vendido sem cortes.
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Luzes da morte do Xbox 360 deu o que falar em 2007
Enquanto conseguiu, a Microsoft tratou problema das "Três luzes Vermelhas", que causa pane geral no Xbox 360, como algo dentro dos parâmetros normais de defeito para aparelhos eletrônicos, que oscila entre 3% e 5%. Porém, em julho a empresa de Bill Gates veio a público e expandiu para três anos a garantia do console, válida exclusivamente para a pane. Entre trocas, reembolsos, consertos e fretes, a Microsoft desembolsou uma quantia superior a US$ 1 bilhão. Paralelamente, a Microsoft tira de linha a primeira placa do Xbox 360. A partir desta data, todos passam a ser equipados com a placa do Xbox Elite, com saída HDMI e mais confiável que a original.
A E3, conhecida como o maior evento de games do planeta, viu em julho de 2007 a estréia de um novo formato: menor e com as (poucas) empresas participantes espalhadas em vários hotéis de Santa Monica, além de um ínfimo pavilhão de exposições em um hangar da cidade. Foi uma edição que, além de morna em termos de novidades, amargou problemas com as inovações da organização - muito tempo era perdido deslocando-se de um lugar a outro.
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"Rock Band" abriu a E3 2007 na conferência da Microsoft...
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...surpresa da Nintendo, "Wi Fit" foi lançado somente no Japão no final do ano...
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..."Killzone 2" foi a grande atração para PlayStation 3 na feira de jogos americana...
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... e para PC e Xbox 360, "Bioshock" superou as expecativas em agosto.
Microsoft, Nintendo e Sony promoveram suas tradicionais conferências, sendo que a da fabricante do Xbox 360 foi a mais morna de todas, enfocando os títulos exclusivos da plataforma com lançamento previsto para 2007, tais como "Mass Effect" e "BioShock"; a Big N anunciou "Wii Fit", aplicativo de malhação que acompanha um controle em forma de balança, e o tão ansiado "Mario Kart" para o console, além do Wii Zapper, acessório que transforma os controles em uma arma de fogo; a Sony, por sua vez, finalmente mostrou "Killzone 2" em ação, e anunciou o PSP Slim & Lite, modelo mais leve do portátil.
Logo após a E3, Peter Moore, executivo da divisão Xbox, deixou o cargo na Microsoft e foi para EA Sports. Ele ficou conhecido pela irreverência, especialmente em conferências da companhia na E3, quando tatuou os nomes de "Halo 2" e "Grand Theft Auto IV", e tocou guitarra em "Rock Band", com o pessoal da Harmonix. Em seu lugar, assumiu Don Mattrick, ex-presidente da Worlwide Studios da Electronic Arts.
A Microsoft, em agosto, baixou o preço dos três pacotes do Xbox 360, que passaram a custar US$ 279 (Core), US$ 349 (Premium), e US$ 449 (Elite). No mês de outubro, o pacote Core foi substituído pelo Arcade, que inclui controle sem fio saída HDMI e os jogos do Live Arcade "Boom Boom Rocket", "Feeding Frenzy", "Luxor 2", "Pac-Man Championship Edition" e "Uno". No Brasil, o preço do console caiu R$ 500, passando a custar R$ 2499.
A partir de agosto, o que se viu foi uma confusão, recheada de informações desencontradas, envolvendo cortes no preço e a introdução de novos pacotes do PlayStation 3 nos Estados Unidos, Europa e Japão. Primeiramente, a Sony anunciou uma redução de US$ 100 no preço do console, cujo modelo de 60GB passou a custar US$ 499, e introduziu um pacote com 80GB e o jogo "Motorstorm" por US$ 599.
Meses depois - em novembro, para ser mais exato - a Sony, além de cortar o preço do modelo de 80GB para US$ 499, colocou no mercado norte-americano, por US$ 399, um com 40GB, "capado" de várias funcionalidades - tem apenas duas portas USB, não possui leitor de cartões de memória e, principalmente, a capacidade de rodar jogos para PlayStation 2.
"BIOSHOCK", "ROCK BAND", "HALO 3" E OUTROS (2007)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
A essa altura, a Sony já anunciara que não reporia mais os modelos de 60GB e 80GB nas prateleiras e que trabalharia apenas com o modelo de 40GB. Em abril, a empresa já havia divulgado que não produziria mais o pacote com 20GB. Assim sendo, o PlayStation 3 terminou o ano de 2007 tendo como pacote oficial o de 40GB nos EUA.
Se a Games Convention, em Leipzig, na Alemanha, foi uma feira vistosa, mas carente de novidades - muito do que foi exibido por lá já passara pela E3 -, a Tokyo Game Show teve boas notícias, principalmente para os proprietários do PlayStation 3, com o tão aguardado e especulado anúncio do DualShock 3, que volta a ter função de vibração. Também foram anunciadas novas versões de "Kingdom Hearts" para Nintendo DS e PSP e, quem passou pela TGS, que em 2007 teve quatro dias e, por isso mesmo bateu recorde de público - pouco mais de 193 mil pessoas -, pôde experimentar "Metal Gear Solid 4" e "Metal Gear Online" em primeira mão.
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"Halo 3" encerra a trilogia de Master Chief que começou no Xbox
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Embalado por uma forte campanha de marketing - a Microsoft desembolsou US$ 10 milhões em publicidade -, "Halo 3", que chegou às prateleiras em 25 de setembro, arrecadou US$ 300 milhões na primeira semana, com 3 milhões de cópias vendidas. Nos EUA, o jogo movimentou US$ 170 milhões, tornando-se o lançamento de entretenimento mais importante da história até então, superando a estréia de "Homem-Aranha 3" nos cinemas e a chegada de "Harry Potter e as Relíquias da Morte" às livrarias. No Brasil, jogo foi lançado totalmente em português.
Semanas após o lançamento de "Halo 3", a Bungie Studios anunciou a decisão de se tornar uma produtora independente e separou-se da Microsoft. Esta, contudo, manteve os direitos sobre a franquia best-seller - além de, eventualmente, garantir a possibilidade de distribuir eventuais novas propriedades intelectuais da Bungie.
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"Super Mario Galaxy" (WII) coloca o eterno mascote nas estrelas
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Em novembro, foi a vez de "Super Mario Galaxy" chegar, para alegria dos fãs do bigodudo, afinal, desde o GameCube o personagem não recebia uma aventura. A recepção no Wii, contudo, foi morna, com 500 mil cópias vendidas na primeira semana nas lojas.
Para os fãs de games de tiro, o ano foi dos mais movimentados: além de "Halo 3", teve "Metroid Prime 3", no Wii, e o sofisticado "Crysis", para PC. Mas foram os surpreendentes "BioShock" e "Portal" (integrante do pacote "The Orange Box"), ambos títulos para PC, PS3 e Xbox 360, que roubaram a cena, conquistando os a crítica especializada e o público. Para completar, após seis anos de hiato, um novo trailer de "Duke Nukem Forever" foi divulgado.
MEGA DRIVE PORTÁTIL
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Em uma iniciativa inovadora, a Tectoy lançou uma versão portátil do Mega Drive, console que chegou às lojas japonesas originalmente em 1988 e, ao lado do Super Nintendo, consagrou a era dos 16 bits. O aparelho de bolso, que custa R$ 199, não tem entrada para cartucho, ficando restrito aos 20 jogos que vêm na memória.
No Brasil, o evento SBGames 2007, que aconteceu em São Leopoldo (RS), marcou o anúncio de um programa de apoio da Sony às universidades e produtoras do país. A idéia é habilitar estudantes e profissionais a desenvolver para a plataforma PlayStation - inicialmente, PS2 e PSP. O acontecimento foi marcante à medida que a Sony, historicamente, nunca deu muita bola para o Brasil.
Enquanto o final de ano não foi dos mais felizes para a Atari, que viu seu executivo-chefe David Pierce deixar a companhia e decidiu, na América do Norte, abandonar a produção de games, focando-se apenas na publicação e distribuição, Activision e Vivendi Games anunciaram uma fusão histórica, que criou a maior maior publisher de jogos do mundo. A nova empresa, chamada Activision Blizzard, passou a atual líder do mercado, Electronic Arts.
Foi um ano marcado pelo domínio da Nintendo, que voltou à liderança do mercado de consoles graças ao fantástico desempenho do Wii, que conquistou pessoas de todos os perfis e idades, tornando-se uma espécie de fenômeno pop - com menos de um ano no mercado, vendeu no Japão mais que o GameCube em toda a sua vida. Nos Estados Unidos, achar um Wii nas prateleiras era uma tarefa das mais árduas.
ANIVERSÁRIOS DE 2007
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O eterno "Duke Nukem Forever" reapareceu em um breve vídeo em dezembro
10 anos do anúncio de "Duke Nukem Forever"
20 anos da série "Metal Gear"
35 anos do Odyssey
Caminho semelhante traçou o Nintendo DS, cuja performance o credenciou definitivamente como uma plataforma capaz de galgar o posto de videogames mais popular do mundo, ultrapassando seu antepassado, o Game Boy. No Japão, onde o aparelho chegou a históricas 20 milhões de unidades, o DS parece evaporar das prateleiras. E bateu recorde atrás de recorde: só em 2007, foram mais de 6 milhões comercializados nos EUA.
Nunca jogou-se tanto por música quanto em 2007, graças à chegada de "Guitar Hero III" e de "Rock Band". Basta dizer que "Guitar Hero" foi a franquia mais vendida do ano e, embora pouquíssimas unidades de "Rock Band" tenham sido colocadas nas prateleiras, o título desenvolvido pela Harmonix em parceria com a Electronic Arts mostrou como tirar as bandas da garagem e colocá-las na sala de estar. Controles em forma de guitarra e bateria mudaram o jeito de interagir com os games.
Coube à Sony, aliás, a notícia de maior relevância da Game Developers Conference, em San Francisco, em março, ao anunciar o PlayStation Home, comunidade virtual para a rede online do PS3: nela, o jogador assume o papel de um avatar e passeia por diversos ambientes 3D, socializando-se com outras pessoas e divertindo-se com conteúdo criado pelas produtoras de game - e pela própria Sony, é claro.
O COMPOSITOR DA NINTENDO
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Na GDC 2007, Koji Kondo, responsável pelas trilhas sonoras de pérolas como "Mario" e "Zelda", fez a sua primeira aparição pública no Ocidente
Só se falava em nova geração, mas foi "God of War II" o primeiro grande lançamento do ano, para o bom e velho PlayStation 2. O velho e bom console, aliás, além de chegar a 120 milhões de unidades vendidas, passou a ser posicionado pela Sony como um concorrente do Wii, longe de encerrar carreira. Por isso, aumentou o número de jogos casuais. Títulos como "Boogie", anunciado para Wii, ganhariam versões para PS2.
Semanas depois, chegou às prateleiras um título de "Pokémon" para o DS, nas variações "Diamond" e "Pearl". Resultado? Sucesso instantâneo - mais que isso, já que em seis meses ambos venderam aproximadamente 7 milhões de cópias, ajudando a Nintendo a dobrar seus lucros no primeiro semestre do ano.
PS3 PARA CURAR O CÂNCER
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Em março, o PS3 passou a integrar o Folding@home, projeto da Universidade de Stanford, que utiliza a internet e os sistemas computacionais voluntários para decifrar a o processo de formação de diversas doenças, como câncer e Alzheimer, e assim procurar pistas para a cura desses males. Graças ao console, meses depois o programa entrou para livro Guinness como o mais poderoso sistema de rede distribuído do mundo
Em 29 de abril, chegou às prateleiras da América do Norte o Xbox 360 Elite, modelo do console na cor preta, com HD de 120GB e saída de áudio e vídeo HDMI, por US$ 479. Nos meses seguintes, Europa e Japão receberem o modelo, que é o mais caro dentre todos os disponíveis para o Xbox 360.
Em um maio sem E3, a Microsoft apertou o cerco contra a pirataria no Xbox 360, banindo da rede Live, em caráter permanente, os consoles modificados para rodar cópias ilegais de games. Uma mensagem de texto era exibida na tela avisando sobre o banimento assim que os usuários de conectava à rede.
A Blizzard escolheu Seul, capital do país onde "StarCraft" é uma verdadeira febre, para anunciar a tão esperada continuação do game de estratégia em tempo real lançado em 1998. A versão, na verdade, é quase um "upgrade" do original, mantendo as três raças - Protoss, Terran e Zerg -, mas modernizando os gráficos e acrescentando unidades inéditas.
Em junho, Ken Kutaragi deixou os cargos de presidente do conselho e executivo-chefe da divisão de games da Sony Computer Entertainment (SCEI), afastando-se de funções executivas para tornar-se presidente de honra do conselho. Engenheiro por formação, o "pai do PlayStation" foi o principal responsável pela criação do setor de videogames da Sony. Contudo, a relação da Kutaragi estava desgastada dentro da companhia, agravada pelos problemas com as performances do PSP e do PlayStation 3. Em seu lugar, assumiu Kaz Hirai.
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Lançado em novembro, "Assassin's Creed" foi um dos muitos títulos exclusivos que virou multiplataforma
VEJA FOTO DO JOGO
Em 2007, viu-se que os jogos exclusivos estão caindo em desuso: muitas produtoras optaram por tornar-se multiplataforma, já que custa cada vez mais caro produzir um game e, comumente, lançá-lo para apenas um sistema não garante o retorno financeiro. Foi o caso da Koei, que anunciou para Xbox 360 versões de "Fatal Inertia" e "Bladestorm", até então exclusivos para PS3, seguindo o caminho traçado por "Virtua Fighter 5 e "Assassin's Creed" e "Katamari". Porém, foi o anúncio de "Devil May Cry 4" para Xbox 360 e PC que ganhou mais repercussão - fãs mais exaltados chegaram a criar um abaixo-assinado para manter o game exclusivo do PlayStation 3. Mais no final do ano, a Capcom faria o anúncio de "Lost Planet" para PS3, jogo que foi exclusivo do Xbox 360.
A Rockstar Games, acostumada às polêmicas envolvendo suas franquias controversas, como "GTA", viu "Manhunt 2", para Wii, PSP e PS2, ser banido do Reino Unido - o motivo, naturalmente, foi o exagero de violência no conteúdo, repleto de assassinatos frios e cruéis. Nos Estados Unidos, o jogo recebeu a classificação "Adults Only" ("Somente para Adultos), o que impediu a sua comercialização no país, já que Nintendo e Sony não permitem jogos com tal selo em seus consoles. Apenas em outubro "Manhunt 2" conseguiu ingressar nos EUA, só que em edição com conteúdo atenuado, classificada como "Mature" (para maiores de 17 anos). Em países como a Holanda, o game foi vendido sem cortes.
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Luzes da morte do Xbox 360 deu o que falar em 2007
Enquanto conseguiu, a Microsoft tratou problema das "Três luzes Vermelhas", que causa pane geral no Xbox 360, como algo dentro dos parâmetros normais de defeito para aparelhos eletrônicos, que oscila entre 3% e 5%. Porém, em julho a empresa de Bill Gates veio a público e expandiu para três anos a garantia do console, válida exclusivamente para a pane. Entre trocas, reembolsos, consertos e fretes, a Microsoft desembolsou uma quantia superior a US$ 1 bilhão. Paralelamente, a Microsoft tira de linha a primeira placa do Xbox 360. A partir desta data, todos passam a ser equipados com a placa do Xbox Elite, com saída HDMI e mais confiável que a original.
A E3, conhecida como o maior evento de games do planeta, viu em julho de 2007 a estréia de um novo formato: menor e com as (poucas) empresas participantes espalhadas em vários hotéis de Santa Monica, além de um ínfimo pavilhão de exposições em um hangar da cidade. Foi uma edição que, além de morna em termos de novidades, amargou problemas com as inovações da organização - muito tempo era perdido deslocando-se de um lugar a outro.
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"Rock Band" abriu a E3 2007 na conferência da Microsoft...
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...surpresa da Nintendo, "Wi Fit" foi lançado somente no Japão no final do ano...
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..."Killzone 2" foi a grande atração para PlayStation 3 na feira de jogos americana...
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... e para PC e Xbox 360, "Bioshock" superou as expecativas em agosto.
Microsoft, Nintendo e Sony promoveram suas tradicionais conferências, sendo que a da fabricante do Xbox 360 foi a mais morna de todas, enfocando os títulos exclusivos da plataforma com lançamento previsto para 2007, tais como "Mass Effect" e "BioShock"; a Big N anunciou "Wii Fit", aplicativo de malhação que acompanha um controle em forma de balança, e o tão ansiado "Mario Kart" para o console, além do Wii Zapper, acessório que transforma os controles em uma arma de fogo; a Sony, por sua vez, finalmente mostrou "Killzone 2" em ação, e anunciou o PSP Slim & Lite, modelo mais leve do portátil.
Logo após a E3, Peter Moore, executivo da divisão Xbox, deixou o cargo na Microsoft e foi para EA Sports. Ele ficou conhecido pela irreverência, especialmente em conferências da companhia na E3, quando tatuou os nomes de "Halo 2" e "Grand Theft Auto IV", e tocou guitarra em "Rock Band", com o pessoal da Harmonix. Em seu lugar, assumiu Don Mattrick, ex-presidente da Worlwide Studios da Electronic Arts.
A Microsoft, em agosto, baixou o preço dos três pacotes do Xbox 360, que passaram a custar US$ 279 (Core), US$ 349 (Premium), e US$ 449 (Elite). No mês de outubro, o pacote Core foi substituído pelo Arcade, que inclui controle sem fio saída HDMI e os jogos do Live Arcade "Boom Boom Rocket", "Feeding Frenzy", "Luxor 2", "Pac-Man Championship Edition" e "Uno". No Brasil, o preço do console caiu R$ 500, passando a custar R$ 2499.
A partir de agosto, o que se viu foi uma confusão, recheada de informações desencontradas, envolvendo cortes no preço e a introdução de novos pacotes do PlayStation 3 nos Estados Unidos, Europa e Japão. Primeiramente, a Sony anunciou uma redução de US$ 100 no preço do console, cujo modelo de 60GB passou a custar US$ 499, e introduziu um pacote com 80GB e o jogo "Motorstorm" por US$ 599.
Meses depois - em novembro, para ser mais exato - a Sony, além de cortar o preço do modelo de 80GB para US$ 499, colocou no mercado norte-americano, por US$ 399, um com 40GB, "capado" de várias funcionalidades - tem apenas duas portas USB, não possui leitor de cartões de memória e, principalmente, a capacidade de rodar jogos para PlayStation 2.
"BIOSHOCK", "ROCK BAND", "HALO 3" E OUTROS (2007)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
A essa altura, a Sony já anunciara que não reporia mais os modelos de 60GB e 80GB nas prateleiras e que trabalharia apenas com o modelo de 40GB. Em abril, a empresa já havia divulgado que não produziria mais o pacote com 20GB. Assim sendo, o PlayStation 3 terminou o ano de 2007 tendo como pacote oficial o de 40GB nos EUA.
Se a Games Convention, em Leipzig, na Alemanha, foi uma feira vistosa, mas carente de novidades - muito do que foi exibido por lá já passara pela E3 -, a Tokyo Game Show teve boas notícias, principalmente para os proprietários do PlayStation 3, com o tão aguardado e especulado anúncio do DualShock 3, que volta a ter função de vibração. Também foram anunciadas novas versões de "Kingdom Hearts" para Nintendo DS e PSP e, quem passou pela TGS, que em 2007 teve quatro dias e, por isso mesmo bateu recorde de público - pouco mais de 193 mil pessoas -, pôde experimentar "Metal Gear Solid 4" e "Metal Gear Online" em primeira mão.
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"Halo 3" encerra a trilogia de Master Chief que começou no Xbox
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Embalado por uma forte campanha de marketing - a Microsoft desembolsou US$ 10 milhões em publicidade -, "Halo 3", que chegou às prateleiras em 25 de setembro, arrecadou US$ 300 milhões na primeira semana, com 3 milhões de cópias vendidas. Nos EUA, o jogo movimentou US$ 170 milhões, tornando-se o lançamento de entretenimento mais importante da história até então, superando a estréia de "Homem-Aranha 3" nos cinemas e a chegada de "Harry Potter e as Relíquias da Morte" às livrarias. No Brasil, jogo foi lançado totalmente em português.
Semanas após o lançamento de "Halo 3", a Bungie Studios anunciou a decisão de se tornar uma produtora independente e separou-se da Microsoft. Esta, contudo, manteve os direitos sobre a franquia best-seller - além de, eventualmente, garantir a possibilidade de distribuir eventuais novas propriedades intelectuais da Bungie.
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"Super Mario Galaxy" (WII) coloca o eterno mascote nas estrelas
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Em novembro, foi a vez de "Super Mario Galaxy" chegar, para alegria dos fãs do bigodudo, afinal, desde o GameCube o personagem não recebia uma aventura. A recepção no Wii, contudo, foi morna, com 500 mil cópias vendidas na primeira semana nas lojas.
Para os fãs de games de tiro, o ano foi dos mais movimentados: além de "Halo 3", teve "Metroid Prime 3", no Wii, e o sofisticado "Crysis", para PC. Mas foram os surpreendentes "BioShock" e "Portal" (integrante do pacote "The Orange Box"), ambos títulos para PC, PS3 e Xbox 360, que roubaram a cena, conquistando os a crítica especializada e o público. Para completar, após seis anos de hiato, um novo trailer de "Duke Nukem Forever" foi divulgado.
MEGA DRIVE PORTÁTIL
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Em uma iniciativa inovadora, a Tectoy lançou uma versão portátil do Mega Drive, console que chegou às lojas japonesas originalmente em 1988 e, ao lado do Super Nintendo, consagrou a era dos 16 bits. O aparelho de bolso, que custa R$ 199, não tem entrada para cartucho, ficando restrito aos 20 jogos que vêm na memória.
No Brasil, o evento SBGames 2007, que aconteceu em São Leopoldo (RS), marcou o anúncio de um programa de apoio da Sony às universidades e produtoras do país. A idéia é habilitar estudantes e profissionais a desenvolver para a plataforma PlayStation - inicialmente, PS2 e PSP. O acontecimento foi marcante à medida que a Sony, historicamente, nunca deu muita bola para o Brasil.
Enquanto o final de ano não foi dos mais felizes para a Atari, que viu seu executivo-chefe David Pierce deixar a companhia e decidiu, na América do Norte, abandonar a produção de games, focando-se apenas na publicação e distribuição, Activision e Vivendi Games anunciaram uma fusão histórica, que criou a maior maior publisher de jogos do mundo. A nova empresa, chamada Activision Blizzard, passou a atual líder do mercado, Electronic Arts.
Foi um ano marcado pelo domínio da Nintendo, que voltou à liderança do mercado de consoles graças ao fantástico desempenho do Wii, que conquistou pessoas de todos os perfis e idades, tornando-se uma espécie de fenômeno pop - com menos de um ano no mercado, vendeu no Japão mais que o GameCube em toda a sua vida. Nos Estados Unidos, achar um Wii nas prateleiras era uma tarefa das mais árduas.
ANIVERSÁRIOS DE 2007
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O eterno "Duke Nukem Forever" reapareceu em um breve vídeo em dezembro
10 anos do anúncio de "Duke Nukem Forever"
20 anos da série "Metal Gear"
35 anos do Odyssey
Caminho semelhante traçou o Nintendo DS, cuja performance o credenciou definitivamente como uma plataforma capaz de galgar o posto de videogames mais popular do mundo, ultrapassando seu antepassado, o Game Boy. No Japão, onde o aparelho chegou a históricas 20 milhões de unidades, o DS parece evaporar das prateleiras. E bateu recorde atrás de recorde: só em 2007, foram mais de 6 milhões comercializados nos EUA.
Nunca jogou-se tanto por música quanto em 2007, graças à chegada de "Guitar Hero III" e de "Rock Band". Basta dizer que "Guitar Hero" foi a franquia mais vendida do ano e, embora pouquíssimas unidades de "Rock Band" tenham sido colocadas nas prateleiras, o título desenvolvido pela Harmonix em parceria com a Electronic Arts mostrou como tirar as bandas da garagem e colocá-las na sala de estar. Controles em forma de guitarra e bateria mudaram o jeito de interagir com os games.
A História do Videogame 2006
No começo do ano, a Nintendo revelou o DS Lite, uma versão remodelada do portátil, 40% menor e com tela mais brilhante, além de pequenas "mudanças cosméticas", como o reposicionamento dos alto falantes e do microfone. O Japão recebeu o aparelho primeiro, em março; em junho, foi a vez dos Estados Unidos.
Em março, a Sony foi notícia ao realizar um evento intitulado PlayStation Business Briefing 2006 que, embora voltado a criadores de jogos e parceiros da indústria, trouxe uma notícia de interesse bem mais amplo: o PlayStation 3, até então previsto para meados do ano, chegaria apenas em novembro. O principal motivo para o adiamento foram os ajustes do formato de mídia Blu-ray.
Se por um lado PlayStation 3 ganhava uma definição, por outro a Sony decidiu interromper a produção do PlayStation, que chegou às prateleiras em dezembro de 1994, no Japão. Além de desbancar a Nintendo, tornando-se o novo líder entre os consoles domésticos, o aparelho foi o primeiro a ultrapassar a marca de cem milhões de unidades vendidas, deixando um acervo de mais de dois mil títulos.
O Xbox 360, em março, recebeu dois jogos que, finalmente começaram a mostrar o potencial do console: "Ghost Recon Advanced Warfighter", simulador de ação tática, e "Elder Scrolls IV: Oblivion", RPG épico com centenas de horas de duração.
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De início, o novo nome gerou revolta, mas acabou pegando
Em abril, a Nintendo anunciou o nome definitivo do seu novo console, até então conhecido como Revolution: o título Wii foi escolhido pela semelhança com a palavra "we" ("nós", em português), para simbolizá-lo como o "console de todos". Tratava-se também de um nome fácil de ser memorizado nos países ao redor do mundo. Não agradou a todos de começo, mas a escolha se mostraria certa no futuro.
Em um ano crucial para a E3, a ESA (Entertainment Software Association), responsável pela organização da feira de games, estabeleceu normas mais severas para a contratação de "booth babes", modelos que, vestidas em trajes provocantes, promovem os produtos dos expositores. Los Angeles testemunhou uma das edições mais significativas da feira, graças à presença do PlayStation 3 e do Wii, ambos em forma jogável, e às tradicionais conferências das gigantes dos videogames:
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Sony abandona o controle bumerangue e adota o consagrado desenho do Dualshock para o PS3, que equipou duas gerações do PlayStation
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Sem o recurso de vibração, o Sixaxis, nome do controle, é bem mais leve que os antecessores. O sensor de movimentos, novidade do Sixaxis, não podia ser testado na E3 de 2006
No evento da Microsoft, "Halo 3" e "Gears of War" roubaram a cena, mas para os brasileiros o que valeu mesmo foi a presença de Bill Gates, que subiu ao palco para anunciar a chegada do Xbox 360 a vários países, dentre eles o Brasil. A conferência da Nintendo, com clima de show, exaltou o sucesso do portátil DS e as características inovadoras e jogos do Wii - sem, no entanto, revelar data de lançamento e preço do videogame. Por último, a Sony divulgou o preço do PlayStation 3 (US$ 499 pelo pacote com disco rígido de 20GB e US$ 599 pelo pacote com 60GB), as datas de lançamento (11 de novembro no Japão e 17 do mesmo mês nos Estados Unidos) e os detalhes do controle, o Sixaxis, sem fio, com design semelhante ao do Dual Shock 2 e sensibilidade aos movimentos, mas sem o sistema de vibração.
Meses após a realização da E3, a ESA anunciou mudanças radicais no formato da feira que, a partir de 2007: ao invés do clima de show, com estandes elaborados e dezenas de milhares de visitantes, um evento focado em pequenas reuniões e encontros com a imprensa e membros da indústria. A expectativa da E3 Media and Business Summit, em julho, na cidade de Santa Mônica, é receber cerca de cinco mil pessoas, todas convidadas pela organização.
A mudança aconteceu porque os principais expositores reclamavam dos valores estratosféricos para participar da E3. O retorno, por sua vez, estava longe do esperado e investido, pois a feira transformara-se muito mais um show para o grande público, longe da imagem de um evento de negócios.
A chegada do DS Lite aos Estados Unidos, em julho, sacramentou um ano brilhante para o portátil. O novo modelo impulsionou as vendas do aparelho, verdadeira febre no Japão e um grande sucesso da Europa e América do Norte. Para completar, uma coleção e tanto de títulos foi lançada, composta por "New Super Mario Bros.", "Brain Age", "Metroid Prime: Hunters" etc.
Quanto ao PSP, 2006 foi um reflexo das dificuldades da Sony em emplacar seu console, tanto como videogame quanto como tocador de filme. Ainda assim, o portátil contou com uma safra respeitável, "Metal Gear Solid: Portable Ops", "LocoRoco", "Daxter" e "Syphon Filter: Dark Mirror", além de duas versões de "Grand Theft Auto".
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Quando o designer Tsutomu Kouno levou a idéia de "LocoRoco" para a Sony, os diretores torceram o nariz e vetaram o projeto. Insistente, foi necessário uma demonstração rodando no PSP para provar que se tratava de um bom jogo
VEJA FOTO DO JOGO
Entretanto, no ramo dos portáteis, quem sentiu mais as dificuldades foi o Gizmondo, que chegou às prateleiras dos Estados Unidos em 2005, mas sobreviveu apenas por poucos meses. Caro demais - custava US$ 299 - e com poucos títulos, o aparelho faliu logo no início do ano e, com ele, a fabricante, de mesmo nome.
Em agosto, a Capcom lançou "Dead Rising", para Xbox 360, uma divertida gincana de caça a zumbis em um shopping center. Não demorou muito para rumores de uma continuação chegar aos sites especializados.
"GEARS OF WAR", "WII SPORTS" E OUTROS (2006)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
No Brasil, os eventos de games tiveram altos e baixos: realizada em São Paulo, a Arena Gamer Expo (AGE) contou com expositores como Electronic Arts, Microsoft e Nintendo, mas foi uma decepção em termos de público; enquanto isso, o Rio de Janeiro recebeu o Top Game Show (TGS), que teve dez mil visitantes, mas poucas atrações relevantes; por fim, a Electronic Game Show (EGS), que tinha sua terceira edição programada para novembro, foi cancelada sem maiores explicações.
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Video Games Live: homenagem à trilha sonora dos videogames
O capítulo à parte foi a vinda do Video Games Live ao Brasil para duas apresentações, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. O concerto, criado por Tommy Tallarico e Jack Wall, veteranos da indústria do entretenimento eletrônico, chegou ao país após apresentar-se nos Estados Unidos e Canadá. Foi a chance de ouvir orquestras brasileiras tocando músicas de "Mario", "Zelda", "Final Fantasy" e outros sucessos, com direito a show de luzes, telão e performances.
A Tokyo Game Show 2006, em setembro, foi a única chance de os nipônicos jogarem o PlayStation 3 antes do lançamento. Resultado: em três dias, 190 mil visitantes abarrotaram o pavilhão de exposições do Makuhari Messe. Sem estande da Nintendo, a Microsoft aproveitou para tentar atrair a atenção do público com "Blue Dragon" e "Lost Odyssey", para o Xbox 360. E conseguiu.
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Com pouquíssimas unidades, PlayStation 3 chega aos EUA, em 17 de novembro, em dois modelos: um com HD de 60GB ao preço de US$ 599 e outro com disco rígido de 20GB, por US$ 499
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O Wii também sofreu com a falta de estoque. O único modelo (US$ 249) começou a ser vendido em 19 de novembro nos Estados Unidos
Em novembro, PlayStation 3 e Wii enfim foram lançados. Primeiramente, foi o console da Sony, responsável por um dos lançamentos de videogame mais tumultuados de todos os tempos: com poucas unidades disponíveis, tanto no Japão quanto nos Estados Unidos, as filas foram intermináveis, longe de atender a enorme demanda. Boa parte dos consoles foram parar em sites de leilão, vendidos por valores estratosféricos.
A Sony prometeu levar aos Estados Unidos, inicialmente, 400 mil unidades, mas posteriormente ficou provado que, na verdade, menos da metade disso chegou às prateleiras. O Japão, por sua vez, ficou com meros 100 mil aparelhos no lançamento, o que fez com que revendedores contratatassem chineses para conseguir o maior número de aparelhos do PS3 possível. Nos EUA, houve assaltos, roubos e outros incidentes nos dias que se seguiram ao lançamento.
Com o Wii, a situação foi um pouco melhor, à medida que a Nintendo proveu às lojas com quantidades mais generosas do videogame. As filas e a escassez, em certos locais, foram inevitáveis, mas sem muita confusão. Os problemas só apareceriam após a chegada do aparelho, quando sucessivas queixas de consumidores quanto à fragilidade da correia do Wii Remote, que arrebentou diversas vezes, levou a Nintendo a fazer um "recall" da peça, para devolvê-la mais reforçada.
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"Wii Sports": incluso em cada Wii nos EUA, um cartão de visita do proposta casual da Nintendo
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Nem Wii, tampouco o PlayStation 3, tiveram uma leva inicial de games das mais brilhantes: no videogame da Nintendo, além de uma versão de "Legend of Zelda: Twilight Princess" adaptada ao controle Wii Remote, a coletânea "Wii Sports", incluso na embalagem americana, fez a alegria dos jogadores; no aparelho da Sony, o game de tiro "Resistance: Fall of Man", uma franquia original, e "Ridge Racer 7" se sobressaíram nos Estados Unidos e Japão, respectivamente.
O final de ano não passou em branco para o Xbox 360, graças à chegada de "Gears of War", que deu vida ao melhor visual já visto em um game para consoles, até então. No Japão, "Blue Dragon", novo RPG de Hironobu Sakaguchi, elevou as vendas do console que, ainda assim, passou mais um ano sem emplacar no Oriente.
A Microsoft colocou para download gratuito o XNA, ferramenta de criação de games para o Xbox 360 e PC. Com o aplicativo, a companhia desejava transformar o Live Arcade em uma espécie de "Youtube dos games", permitindo aos usuários colocar suas criações para download na seção de jogos casuais do console.
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Talvez o melhor jogo da parceria Rare e Microsoft, "Viva Piñata" foi o primeiro título para Xbox 360 totalmente em português
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Bill Gate prometeu, então no dia 1º de dezembro, a Microsoft do Brasil lançou o Xbox 360 em território nacional. É a primeira vez que um console chega ao país diretamente pelas mãos do fabricante. Por R$ 2.999, o consumidor levava o pacote Premium, com três jogos - "Kameo", "Perfect Dark Zero" e "Project Gotham Racing 3" -, além de uma frente removível extra. Os brasileiros ganharam o primeiro jogo para o console totalmente traduzido para o português: "Viva Piñata", com seus jardins coloridos.
Mesmo em meados de dezembro, ainda havia tempo para mais uma surpresa: o retorno da série "Dragon Quest", verdadeiro sucesso no Japão, a um console da Nintendo, após versões exclusivas para sistemas da Sony. O anúncio de "Dragon Quest IX: Hoshizora no Mamoribito" para DS deixou um gosto amargo na boca dos proprietários do PSP.
À espera do Windows Vista, nova versão do sistema operacional da Microsoft, o PC teve um ano apagado, parte disso também em função dos lançamentos do PlayStation 3 e Wii, que receberam muita mais atenção da mídia e público. Para os fãs dos RPGs, valeu a oportunidade de, enfim, jogar "NeverWinter Nights 2", sem falar no sucesso estrondoso de "World of WarCraft", que chegou a 7,5 milhões de usuários. No ramo da estratégia, "Company of Heroes", da THQ, trouxe novos ares aos jogos inspirados na Segunda Guerra Mundial. Já "Battlefield 2142" levou a franquia a uma atmosfera futurista, enquanto "GTR 2" foi o melhor simulador de automobilismo do ano.
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Misturando mitos e folclore japonês, "Okami" (PS2) conta a história de como a Terra foi salva da escuridão pela deusa do Sol
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Na geração do GameCube, PlayStation 2 e Xbox, o console da Sony foi, de longe, o de maior destaque, com títulos do naipe de "Okami", "Kingdom Hearts II", "Final Fantasy XII" e "Guitar Hero II". No Xbox, que viu a quantidade de lançamentos minguarem com a chegada do Xbox 360, a vedete continuou sendo "Halo 2", ainda um dos preferidos do Xbox Live. De fato o jogo só veio a perder o título de mais jogado após "Gears of War" chegar a rede online da Microsoft.
Já o GameCube teve a sua versão de "Legend of Zelda: Twilight Princess", o último grande lançamento para o videogame roxo da Nintendo.
Em março, a Sony foi notícia ao realizar um evento intitulado PlayStation Business Briefing 2006 que, embora voltado a criadores de jogos e parceiros da indústria, trouxe uma notícia de interesse bem mais amplo: o PlayStation 3, até então previsto para meados do ano, chegaria apenas em novembro. O principal motivo para o adiamento foram os ajustes do formato de mídia Blu-ray.
Se por um lado PlayStation 3 ganhava uma definição, por outro a Sony decidiu interromper a produção do PlayStation, que chegou às prateleiras em dezembro de 1994, no Japão. Além de desbancar a Nintendo, tornando-se o novo líder entre os consoles domésticos, o aparelho foi o primeiro a ultrapassar a marca de cem milhões de unidades vendidas, deixando um acervo de mais de dois mil títulos.
O Xbox 360, em março, recebeu dois jogos que, finalmente começaram a mostrar o potencial do console: "Ghost Recon Advanced Warfighter", simulador de ação tática, e "Elder Scrolls IV: Oblivion", RPG épico com centenas de horas de duração.
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De início, o novo nome gerou revolta, mas acabou pegando
Em abril, a Nintendo anunciou o nome definitivo do seu novo console, até então conhecido como Revolution: o título Wii foi escolhido pela semelhança com a palavra "we" ("nós", em português), para simbolizá-lo como o "console de todos". Tratava-se também de um nome fácil de ser memorizado nos países ao redor do mundo. Não agradou a todos de começo, mas a escolha se mostraria certa no futuro.
Em um ano crucial para a E3, a ESA (Entertainment Software Association), responsável pela organização da feira de games, estabeleceu normas mais severas para a contratação de "booth babes", modelos que, vestidas em trajes provocantes, promovem os produtos dos expositores. Los Angeles testemunhou uma das edições mais significativas da feira, graças à presença do PlayStation 3 e do Wii, ambos em forma jogável, e às tradicionais conferências das gigantes dos videogames:
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Sony abandona o controle bumerangue e adota o consagrado desenho do Dualshock para o PS3, que equipou duas gerações do PlayStation
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Sem o recurso de vibração, o Sixaxis, nome do controle, é bem mais leve que os antecessores. O sensor de movimentos, novidade do Sixaxis, não podia ser testado na E3 de 2006
No evento da Microsoft, "Halo 3" e "Gears of War" roubaram a cena, mas para os brasileiros o que valeu mesmo foi a presença de Bill Gates, que subiu ao palco para anunciar a chegada do Xbox 360 a vários países, dentre eles o Brasil. A conferência da Nintendo, com clima de show, exaltou o sucesso do portátil DS e as características inovadoras e jogos do Wii - sem, no entanto, revelar data de lançamento e preço do videogame. Por último, a Sony divulgou o preço do PlayStation 3 (US$ 499 pelo pacote com disco rígido de 20GB e US$ 599 pelo pacote com 60GB), as datas de lançamento (11 de novembro no Japão e 17 do mesmo mês nos Estados Unidos) e os detalhes do controle, o Sixaxis, sem fio, com design semelhante ao do Dual Shock 2 e sensibilidade aos movimentos, mas sem o sistema de vibração.
Meses após a realização da E3, a ESA anunciou mudanças radicais no formato da feira que, a partir de 2007: ao invés do clima de show, com estandes elaborados e dezenas de milhares de visitantes, um evento focado em pequenas reuniões e encontros com a imprensa e membros da indústria. A expectativa da E3 Media and Business Summit, em julho, na cidade de Santa Mônica, é receber cerca de cinco mil pessoas, todas convidadas pela organização.
A mudança aconteceu porque os principais expositores reclamavam dos valores estratosféricos para participar da E3. O retorno, por sua vez, estava longe do esperado e investido, pois a feira transformara-se muito mais um show para o grande público, longe da imagem de um evento de negócios.
A chegada do DS Lite aos Estados Unidos, em julho, sacramentou um ano brilhante para o portátil. O novo modelo impulsionou as vendas do aparelho, verdadeira febre no Japão e um grande sucesso da Europa e América do Norte. Para completar, uma coleção e tanto de títulos foi lançada, composta por "New Super Mario Bros.", "Brain Age", "Metroid Prime: Hunters" etc.
Quanto ao PSP, 2006 foi um reflexo das dificuldades da Sony em emplacar seu console, tanto como videogame quanto como tocador de filme. Ainda assim, o portátil contou com uma safra respeitável, "Metal Gear Solid: Portable Ops", "LocoRoco", "Daxter" e "Syphon Filter: Dark Mirror", além de duas versões de "Grand Theft Auto".
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Quando o designer Tsutomu Kouno levou a idéia de "LocoRoco" para a Sony, os diretores torceram o nariz e vetaram o projeto. Insistente, foi necessário uma demonstração rodando no PSP para provar que se tratava de um bom jogo
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Entretanto, no ramo dos portáteis, quem sentiu mais as dificuldades foi o Gizmondo, que chegou às prateleiras dos Estados Unidos em 2005, mas sobreviveu apenas por poucos meses. Caro demais - custava US$ 299 - e com poucos títulos, o aparelho faliu logo no início do ano e, com ele, a fabricante, de mesmo nome.
Em agosto, a Capcom lançou "Dead Rising", para Xbox 360, uma divertida gincana de caça a zumbis em um shopping center. Não demorou muito para rumores de uma continuação chegar aos sites especializados.
"GEARS OF WAR", "WII SPORTS" E OUTROS (2006)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
No Brasil, os eventos de games tiveram altos e baixos: realizada em São Paulo, a Arena Gamer Expo (AGE) contou com expositores como Electronic Arts, Microsoft e Nintendo, mas foi uma decepção em termos de público; enquanto isso, o Rio de Janeiro recebeu o Top Game Show (TGS), que teve dez mil visitantes, mas poucas atrações relevantes; por fim, a Electronic Game Show (EGS), que tinha sua terceira edição programada para novembro, foi cancelada sem maiores explicações.
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Video Games Live: homenagem à trilha sonora dos videogames
O capítulo à parte foi a vinda do Video Games Live ao Brasil para duas apresentações, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. O concerto, criado por Tommy Tallarico e Jack Wall, veteranos da indústria do entretenimento eletrônico, chegou ao país após apresentar-se nos Estados Unidos e Canadá. Foi a chance de ouvir orquestras brasileiras tocando músicas de "Mario", "Zelda", "Final Fantasy" e outros sucessos, com direito a show de luzes, telão e performances.
A Tokyo Game Show 2006, em setembro, foi a única chance de os nipônicos jogarem o PlayStation 3 antes do lançamento. Resultado: em três dias, 190 mil visitantes abarrotaram o pavilhão de exposições do Makuhari Messe. Sem estande da Nintendo, a Microsoft aproveitou para tentar atrair a atenção do público com "Blue Dragon" e "Lost Odyssey", para o Xbox 360. E conseguiu.
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Com pouquíssimas unidades, PlayStation 3 chega aos EUA, em 17 de novembro, em dois modelos: um com HD de 60GB ao preço de US$ 599 e outro com disco rígido de 20GB, por US$ 499
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O Wii também sofreu com a falta de estoque. O único modelo (US$ 249) começou a ser vendido em 19 de novembro nos Estados Unidos
Em novembro, PlayStation 3 e Wii enfim foram lançados. Primeiramente, foi o console da Sony, responsável por um dos lançamentos de videogame mais tumultuados de todos os tempos: com poucas unidades disponíveis, tanto no Japão quanto nos Estados Unidos, as filas foram intermináveis, longe de atender a enorme demanda. Boa parte dos consoles foram parar em sites de leilão, vendidos por valores estratosféricos.
A Sony prometeu levar aos Estados Unidos, inicialmente, 400 mil unidades, mas posteriormente ficou provado que, na verdade, menos da metade disso chegou às prateleiras. O Japão, por sua vez, ficou com meros 100 mil aparelhos no lançamento, o que fez com que revendedores contratatassem chineses para conseguir o maior número de aparelhos do PS3 possível. Nos EUA, houve assaltos, roubos e outros incidentes nos dias que se seguiram ao lançamento.
Com o Wii, a situação foi um pouco melhor, à medida que a Nintendo proveu às lojas com quantidades mais generosas do videogame. As filas e a escassez, em certos locais, foram inevitáveis, mas sem muita confusão. Os problemas só apareceriam após a chegada do aparelho, quando sucessivas queixas de consumidores quanto à fragilidade da correia do Wii Remote, que arrebentou diversas vezes, levou a Nintendo a fazer um "recall" da peça, para devolvê-la mais reforçada.
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"Wii Sports": incluso em cada Wii nos EUA, um cartão de visita do proposta casual da Nintendo
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Nem Wii, tampouco o PlayStation 3, tiveram uma leva inicial de games das mais brilhantes: no videogame da Nintendo, além de uma versão de "Legend of Zelda: Twilight Princess" adaptada ao controle Wii Remote, a coletânea "Wii Sports", incluso na embalagem americana, fez a alegria dos jogadores; no aparelho da Sony, o game de tiro "Resistance: Fall of Man", uma franquia original, e "Ridge Racer 7" se sobressaíram nos Estados Unidos e Japão, respectivamente.
O final de ano não passou em branco para o Xbox 360, graças à chegada de "Gears of War", que deu vida ao melhor visual já visto em um game para consoles, até então. No Japão, "Blue Dragon", novo RPG de Hironobu Sakaguchi, elevou as vendas do console que, ainda assim, passou mais um ano sem emplacar no Oriente.
A Microsoft colocou para download gratuito o XNA, ferramenta de criação de games para o Xbox 360 e PC. Com o aplicativo, a companhia desejava transformar o Live Arcade em uma espécie de "Youtube dos games", permitindo aos usuários colocar suas criações para download na seção de jogos casuais do console.
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Talvez o melhor jogo da parceria Rare e Microsoft, "Viva Piñata" foi o primeiro título para Xbox 360 totalmente em português
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Bill Gate prometeu, então no dia 1º de dezembro, a Microsoft do Brasil lançou o Xbox 360 em território nacional. É a primeira vez que um console chega ao país diretamente pelas mãos do fabricante. Por R$ 2.999, o consumidor levava o pacote Premium, com três jogos - "Kameo", "Perfect Dark Zero" e "Project Gotham Racing 3" -, além de uma frente removível extra. Os brasileiros ganharam o primeiro jogo para o console totalmente traduzido para o português: "Viva Piñata", com seus jardins coloridos.
Mesmo em meados de dezembro, ainda havia tempo para mais uma surpresa: o retorno da série "Dragon Quest", verdadeiro sucesso no Japão, a um console da Nintendo, após versões exclusivas para sistemas da Sony. O anúncio de "Dragon Quest IX: Hoshizora no Mamoribito" para DS deixou um gosto amargo na boca dos proprietários do PSP.
À espera do Windows Vista, nova versão do sistema operacional da Microsoft, o PC teve um ano apagado, parte disso também em função dos lançamentos do PlayStation 3 e Wii, que receberam muita mais atenção da mídia e público. Para os fãs dos RPGs, valeu a oportunidade de, enfim, jogar "NeverWinter Nights 2", sem falar no sucesso estrondoso de "World of WarCraft", que chegou a 7,5 milhões de usuários. No ramo da estratégia, "Company of Heroes", da THQ, trouxe novos ares aos jogos inspirados na Segunda Guerra Mundial. Já "Battlefield 2142" levou a franquia a uma atmosfera futurista, enquanto "GTR 2" foi o melhor simulador de automobilismo do ano.
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Misturando mitos e folclore japonês, "Okami" (PS2) conta a história de como a Terra foi salva da escuridão pela deusa do Sol
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Na geração do GameCube, PlayStation 2 e Xbox, o console da Sony foi, de longe, o de maior destaque, com títulos do naipe de "Okami", "Kingdom Hearts II", "Final Fantasy XII" e "Guitar Hero II". No Xbox, que viu a quantidade de lançamentos minguarem com a chegada do Xbox 360, a vedete continuou sendo "Halo 2", ainda um dos preferidos do Xbox Live. De fato o jogo só veio a perder o título de mais jogado após "Gears of War" chegar a rede online da Microsoft.
Já o GameCube teve a sua versão de "Legend of Zelda: Twilight Princess", o último grande lançamento para o videogame roxo da Nintendo.
A História do Videogame 2005
Os primeiros meses do ano foram marcados por especulações a respeito dos próximos videogames da Microsoft, Nintendo e Sony, que soltaram em gotas, cada uma à sua maneira, informações do Xbox 360, Revolution e PlayStation 3, respectivamente.
Enquanto a próxima geração alimentava rumores e a imaginação, bons títulos davam o que jogar no primeiro trimestre: "Resident Evil 4" conquistou o GameCube em janeiro (a versão para PlayStation 2 chegaria em outubro); "Legend of Zelda: Minish Cap" encolheu o jovem Link no Game Boy Advance; o Xbox vibrou com "Jade Empire" e "Forza Motorsport"; e os donos do PlayStation 2 se sentiram no Olimpo com "God of War".
Em 2005, o Brasil foi tomado pela febre dos MMOGs (sigla em inglês para jogos massivos online), iniciada com o lançamento comercial de "Ragnarök Online", em janeiro, e que no final do ano bateria a marca de 800 mil usuários cadastrados no país. O modelo econômico alheio à pirataria fez sucesso, abrindo as portas para o coreano "Priston Tale", para o russo "Sphere" e para a produção do brasileiro "Taikodom", desenvolvido pela catarinense Hoplon Infotainment. Por outro lado, o primeiro RPG massivo online desenvolvido no país, "Erinia" foi praticamente deixado pela comunidade.
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"World of Warcraft": cinco milhões
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Lançado em 2004, outro do gênero MMORPG que conquistou o planeta em 2005 foi "World of Warcraft", RPG da Blizzard, que esperava perto de um milhão de aventureiros, alcançou a marca de cinco milhões de usuários, espalhando-se rapidamente dos Estados Unidos até a China, passando por países como Macau e Taiwan. E as perspectivas são de crescimento, com a expansão "The Burning Crusade".
Em março, o PlayStation Portable, ou simplesmente PSP, chegava ao ocidente, vendendo mais de 600 mil unidades apenas na primeira semana nos Estados Unidos. Um ótimo resultado para a Sony, que no mês anterior anunciara o fim da produção do PSX, aparelho que unia o PS2 com funções de gravador digital. Como no lançamento japonês, em dezembro de 2004, "Ridge Racers" e o quebra-cabeça "Lumines" foram alguns dos primeiros sucessos do PSP americano.
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Primeira imagem oficial do PS3; controle em forma de bumerangue seria abandonado futuramente
A E3 2005 foi uma das mais movimentadas de todos os tempos, graças às promessas da sexta geração de consoles. Porém, no final somente o Xbox 360 estava "jogável" na feira - a Microsoft já havia mostrado o console uma semana antes, em um programa especial da MTV norte-americana, que foi ao ar no dia 12 de maio. Em sua conferência, a Sony apresentou o PlayStation 3, destacando o processador Cell, o novo formato de mídia Blu-Ray e várias demonstrações em vídeo; a Nintendo, por sua vez, desapontou ao demonstrar muito pouco (ou quase nada) do Revolution, com suas dimensões equiparáveis a três embalagens de DVD empilhadas e compatível com 20 anos de história da empresa.
Meses antes da série "Grand Theft Auto" estrear no portátil da Sony, com "Liberty City Stories", o mod "Hot Coffee" criou polêmica na indústria do entretenimento eletrônico, revelando cenas de sexo explícito escondidas no código-fonte de "Grand Theft Auto: San Andreas". A Entertainment Software Rating Board (ESRB), órgão que classifica os jogos por faixa etária nos Estados Unidos, mudou a classificação etária das versões para PC, PlayStation 2 e Xbox, de "Mature 17+" ("M", maiores de 17 anos) para "Adults Only 18+" ("AO", maiores de 18 anos).
As conseqüências não foram poucas: o valor das ações da Take-Two caiu, algumas pessoas mais ofendidas processaram a distribuidora e o jogo da Rockstar chegou a ser banido definitivamente de alguns países, como a Austrália. Para completar, a polêmica em torno de "Hot Coffee" deu início a diversos movimentos de combate a conteúdo violento e sexual nos games, incluindo uma lei para regularizar o conteúdo inapropriado nos games, nos Estados Unidos.
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Controle do Revolution é mostrado; jogos só no ano seguinte
Em setembro, em conferência realizada antes do início da Tokyo Game Show, maior feira de games do oriente, a Nintendo revelou o até então misterioso controle do Revolution, sem fio e com formato semelhante ao de um controle remoto. A inovação ficou por conta dos sensores capazes de reconhecer a posição do acessório em três dimensões: horizontal, vertical e profundidade, além do nível de inclinação. Na feira de jogos japonesa brilhou o PlayStation 3, com o trailer de "Metal Gear Solid 4", que chocou ao mostrar o herói Snake velho.
Após a Tokyo Game Show, "Nintendogs" chegou ao ocidente. O simulador de cachorros para DS conquistou os Estados Unidos e Europa quase que imediatamente, graças à possibilidade de criar o seu próprio canino no console portátil, dando banho, comida, passeando etc.
"GOD OF WAR", "HALF-LIFE 2" E OUTROS (2005)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
A Nokia, em outubro, decidiu aposentar o N-Gage, híbrido de celular e videogame portátil lançado em 2003. O aparelho vendeu dois milhões de unidades em três anos, contra projeções originais de seis milhões, números decepcionantes que levaram a fabricante finlandesa a desistir da empreitada. E no mesmo mês que o N-Gage esmaecia, o PlayStation 2 crescia com gigantes. Dos criadores de "Ico", "Shadow of the Colossus" ficou marcado como um dos jogos memoráveis da Sony, daqueles que transformam entretenimento em obra de arte.
A cidade de São Paulo recebeu a segunda edição da Electronic Game Show (EGS), realizada de 18 e 21 de novembro e visitada por mais de 27 mil pessoas, que puderam experimentar em primeira mão o Xbox 360, que seria lançado oficialmente apenas na semana seguinte, nos Estados Unidos.
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Xbox 360 é lançado mundialmente em dois modelos: o Core System (US$ 299) e o Premium (US$ 399), com disco rígido e controle sem fio
Montagem
Disponível desde o lançamento, a rede Xbox Live oferece demos e um serviço de distribuição digital de jogos casuais, batizado de Xbox Live Arcade
No dia 22 de novembro, a sexta geração do entretenimento eletrônico teve seu início oficial com o lançamento do Xbox 360, nos Estados Unidos - cinco dias antes, o UOL testou com exclusividade o primeiro console do Brasil.
Além das tradicionais filas e tumultos em frente às lojas dos EUA, houve escassez do videogame, em função do lançamento simultâneo - em dezembro, o Xbox 360 chegou à Europa e ao Japão.
Entre os jogos de lançamento estavam os exclusivos "Project Gotham Racing 3", "Kameo: Elements of Power" e "Perfect Dark Zero", mas curiosamente, o título mais vendido foi uma conversão de um jogo para PC, "Call of Duty 2", franquia que começava a acumular fãs.
No Japão, jogos como "Monster Hunter Freedom" e "Winning Eleven" impulsionaram as vendas do PSP, mas o Nintendo DS, que manteve vendas regulares durante o ano graças a títulos de apelo geral como "Brain Trainning" e "Nintendogs", disparou com o lançamento da rede online do portátil, o Nintendo Wi-Fi Connection. Jogos como "Mario Kart DS" e "Animal Crossing DS" levariam mais de 200 mil pessoas à rede online sem fio do portátil e consagrariam o aparelho como o campeão de vendas de 2005 no Japão.
Mesmo diante do seu sucessor, o Xbox mostrou fôlego e potência de hardware recebendo três belas conversões de jogos de tiro do PC: "Doom 3", "Far Cry Instincts" e "Half-Life 2". Já o PlayStation 2 ultrapassou a marca de cem milhões de unidades vendidas, consagrando o modelo vencedor de console doméstico da Sony.
Impulsionado pelas placas de vídeo de ATI e Nvidia, o PC também levou o visual a novos limites com jogos como "F.E.A.R." e "Age of Empires III", explorando a fundo efeitos como Vertex Shader e Pixel Shader, que se tornariam padrões nas próximas gerações de jogos.
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O mascote do World Cyber Games
Com uma medalha de ouro e duas de prata, o Brasil sacramentou a sua melhor participação em um torneio de esporte eletrônico. Foi durante o World Cyber Games, olimpíadas de games disputada em Cingapura, em novembro. Giovani "GearGG" Magri e Danilo "N4_Godsmack" Barros, foram primeiro e segundo lugares, respectivamente, em "Need for Speed Underground 2"; e Andre "TmG_QuanChi" Zilio, prata em "Warhammer 40,000". Mais de 700 ciberatletas de todo o planeta participaram do evento.
Previsto para título de lançamento, "Dead or Alive 4" atrasa e influencia o desempenho do Xbox 360 no Japão. Esgotado no resto do mundo, o segundo videogame da Microsoft era encontrado com facilidade nas prateleiras de Tóquio, em pleno Natal. Mesmo assim, nomes de peso da indústria local, entre eles Hironobu Sakaguchi - criador da série "Final Fantasy" -, se reuniram na penúltima semana do ano para anunciar apoio à nova plataforma, com as produções de "Cry On", "Bullet Witch" e "Vampire's Rain".
Enquanto a próxima geração alimentava rumores e a imaginação, bons títulos davam o que jogar no primeiro trimestre: "Resident Evil 4" conquistou o GameCube em janeiro (a versão para PlayStation 2 chegaria em outubro); "Legend of Zelda: Minish Cap" encolheu o jovem Link no Game Boy Advance; o Xbox vibrou com "Jade Empire" e "Forza Motorsport"; e os donos do PlayStation 2 se sentiram no Olimpo com "God of War".
Em 2005, o Brasil foi tomado pela febre dos MMOGs (sigla em inglês para jogos massivos online), iniciada com o lançamento comercial de "Ragnarök Online", em janeiro, e que no final do ano bateria a marca de 800 mil usuários cadastrados no país. O modelo econômico alheio à pirataria fez sucesso, abrindo as portas para o coreano "Priston Tale", para o russo "Sphere" e para a produção do brasileiro "Taikodom", desenvolvido pela catarinense Hoplon Infotainment. Por outro lado, o primeiro RPG massivo online desenvolvido no país, "Erinia" foi praticamente deixado pela comunidade.
Reprodução
"World of Warcraft": cinco milhões
VEJA FOTO DO JOGO
Lançado em 2004, outro do gênero MMORPG que conquistou o planeta em 2005 foi "World of Warcraft", RPG da Blizzard, que esperava perto de um milhão de aventureiros, alcançou a marca de cinco milhões de usuários, espalhando-se rapidamente dos Estados Unidos até a China, passando por países como Macau e Taiwan. E as perspectivas são de crescimento, com a expansão "The Burning Crusade".
Em março, o PlayStation Portable, ou simplesmente PSP, chegava ao ocidente, vendendo mais de 600 mil unidades apenas na primeira semana nos Estados Unidos. Um ótimo resultado para a Sony, que no mês anterior anunciara o fim da produção do PSX, aparelho que unia o PS2 com funções de gravador digital. Como no lançamento japonês, em dezembro de 2004, "Ridge Racers" e o quebra-cabeça "Lumines" foram alguns dos primeiros sucessos do PSP americano.
Reprodução
Primeira imagem oficial do PS3; controle em forma de bumerangue seria abandonado futuramente
A E3 2005 foi uma das mais movimentadas de todos os tempos, graças às promessas da sexta geração de consoles. Porém, no final somente o Xbox 360 estava "jogável" na feira - a Microsoft já havia mostrado o console uma semana antes, em um programa especial da MTV norte-americana, que foi ao ar no dia 12 de maio. Em sua conferência, a Sony apresentou o PlayStation 3, destacando o processador Cell, o novo formato de mídia Blu-Ray e várias demonstrações em vídeo; a Nintendo, por sua vez, desapontou ao demonstrar muito pouco (ou quase nada) do Revolution, com suas dimensões equiparáveis a três embalagens de DVD empilhadas e compatível com 20 anos de história da empresa.
Meses antes da série "Grand Theft Auto" estrear no portátil da Sony, com "Liberty City Stories", o mod "Hot Coffee" criou polêmica na indústria do entretenimento eletrônico, revelando cenas de sexo explícito escondidas no código-fonte de "Grand Theft Auto: San Andreas". A Entertainment Software Rating Board (ESRB), órgão que classifica os jogos por faixa etária nos Estados Unidos, mudou a classificação etária das versões para PC, PlayStation 2 e Xbox, de "Mature 17+" ("M", maiores de 17 anos) para "Adults Only 18+" ("AO", maiores de 18 anos).
As conseqüências não foram poucas: o valor das ações da Take-Two caiu, algumas pessoas mais ofendidas processaram a distribuidora e o jogo da Rockstar chegou a ser banido definitivamente de alguns países, como a Austrália. Para completar, a polêmica em torno de "Hot Coffee" deu início a diversos movimentos de combate a conteúdo violento e sexual nos games, incluindo uma lei para regularizar o conteúdo inapropriado nos games, nos Estados Unidos.
Reprodução
Controle do Revolution é mostrado; jogos só no ano seguinte
Em setembro, em conferência realizada antes do início da Tokyo Game Show, maior feira de games do oriente, a Nintendo revelou o até então misterioso controle do Revolution, sem fio e com formato semelhante ao de um controle remoto. A inovação ficou por conta dos sensores capazes de reconhecer a posição do acessório em três dimensões: horizontal, vertical e profundidade, além do nível de inclinação. Na feira de jogos japonesa brilhou o PlayStation 3, com o trailer de "Metal Gear Solid 4", que chocou ao mostrar o herói Snake velho.
Após a Tokyo Game Show, "Nintendogs" chegou ao ocidente. O simulador de cachorros para DS conquistou os Estados Unidos e Europa quase que imediatamente, graças à possibilidade de criar o seu próprio canino no console portátil, dando banho, comida, passeando etc.
"GOD OF WAR", "HALF-LIFE 2" E OUTROS (2005)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
A Nokia, em outubro, decidiu aposentar o N-Gage, híbrido de celular e videogame portátil lançado em 2003. O aparelho vendeu dois milhões de unidades em três anos, contra projeções originais de seis milhões, números decepcionantes que levaram a fabricante finlandesa a desistir da empreitada. E no mesmo mês que o N-Gage esmaecia, o PlayStation 2 crescia com gigantes. Dos criadores de "Ico", "Shadow of the Colossus" ficou marcado como um dos jogos memoráveis da Sony, daqueles que transformam entretenimento em obra de arte.
A cidade de São Paulo recebeu a segunda edição da Electronic Game Show (EGS), realizada de 18 e 21 de novembro e visitada por mais de 27 mil pessoas, que puderam experimentar em primeira mão o Xbox 360, que seria lançado oficialmente apenas na semana seguinte, nos Estados Unidos.
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Xbox 360 é lançado mundialmente em dois modelos: o Core System (US$ 299) e o Premium (US$ 399), com disco rígido e controle sem fio
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Disponível desde o lançamento, a rede Xbox Live oferece demos e um serviço de distribuição digital de jogos casuais, batizado de Xbox Live Arcade
No dia 22 de novembro, a sexta geração do entretenimento eletrônico teve seu início oficial com o lançamento do Xbox 360, nos Estados Unidos - cinco dias antes, o UOL testou com exclusividade o primeiro console do Brasil.
Além das tradicionais filas e tumultos em frente às lojas dos EUA, houve escassez do videogame, em função do lançamento simultâneo - em dezembro, o Xbox 360 chegou à Europa e ao Japão.
Entre os jogos de lançamento estavam os exclusivos "Project Gotham Racing 3", "Kameo: Elements of Power" e "Perfect Dark Zero", mas curiosamente, o título mais vendido foi uma conversão de um jogo para PC, "Call of Duty 2", franquia que começava a acumular fãs.
No Japão, jogos como "Monster Hunter Freedom" e "Winning Eleven" impulsionaram as vendas do PSP, mas o Nintendo DS, que manteve vendas regulares durante o ano graças a títulos de apelo geral como "Brain Trainning" e "Nintendogs", disparou com o lançamento da rede online do portátil, o Nintendo Wi-Fi Connection. Jogos como "Mario Kart DS" e "Animal Crossing DS" levariam mais de 200 mil pessoas à rede online sem fio do portátil e consagrariam o aparelho como o campeão de vendas de 2005 no Japão.
Mesmo diante do seu sucessor, o Xbox mostrou fôlego e potência de hardware recebendo três belas conversões de jogos de tiro do PC: "Doom 3", "Far Cry Instincts" e "Half-Life 2". Já o PlayStation 2 ultrapassou a marca de cem milhões de unidades vendidas, consagrando o modelo vencedor de console doméstico da Sony.
Impulsionado pelas placas de vídeo de ATI e Nvidia, o PC também levou o visual a novos limites com jogos como "F.E.A.R." e "Age of Empires III", explorando a fundo efeitos como Vertex Shader e Pixel Shader, que se tornariam padrões nas próximas gerações de jogos.
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O mascote do World Cyber Games
Com uma medalha de ouro e duas de prata, o Brasil sacramentou a sua melhor participação em um torneio de esporte eletrônico. Foi durante o World Cyber Games, olimpíadas de games disputada em Cingapura, em novembro. Giovani "GearGG" Magri e Danilo "N4_Godsmack" Barros, foram primeiro e segundo lugares, respectivamente, em "Need for Speed Underground 2"; e Andre "TmG_QuanChi" Zilio, prata em "Warhammer 40,000". Mais de 700 ciberatletas de todo o planeta participaram do evento.
Previsto para título de lançamento, "Dead or Alive 4" atrasa e influencia o desempenho do Xbox 360 no Japão. Esgotado no resto do mundo, o segundo videogame da Microsoft era encontrado com facilidade nas prateleiras de Tóquio, em pleno Natal. Mesmo assim, nomes de peso da indústria local, entre eles Hironobu Sakaguchi - criador da série "Final Fantasy" -, se reuniram na penúltima semana do ano para anunciar apoio à nova plataforma, com as produções de "Cry On", "Bullet Witch" e "Vampire's Rain".
A História do Videogame 2004
A Nintendo abre o ano divulgando diversas pistas sobre seu novo e misterioso aparelho. O presidente da companhia, Satoru Iwata, descreve-o como "uma prévia da nova geração de hardware". Apenas na última semana do mês foram reveladas as primeiras informações factuais: batizado de Nintendo DS, o aparelho portátil teria duas telas. Na mesma semana, Konami, Namco e Sega mostram interesse em produzir games para o DS.
Em março, a Nintendo anuncia oficialmente a produção de "Donkey Konga", novo jogo do gorila que marcou a estréia de Mario no fliperama. O produto é desenvolvido em parceria com a Namco e é um jogo de música que usa bongôs como controle. Analistas de mercado prevêem que o DS terá um sistema de mensagens instantâneas e rodará música e vídeo (duas afirmações que acabando sendo confirmadas no decorrer do ano).
A Capcom fecha seu Studio 6 e anuncia a criação da Clover, nova produtora que abriga os talentos responsáveis por "Viewtiful Joe" e "Resident Evil".
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O simpático "Death Jr.", para PSP, foi feito pela mesma equipe que trouxe "Rayman" e "Phantasy Star" ao Game Boy Advance. O jogo foi distribuído pela Konami
Muitos esperaram que a Microsoft anunciasse o sucessor do Xbox na GDC, no final de março. Ao invés disso, a empresa revelou o XNA - um novo conjunto de ferramentas que unifica a produção de jogos para PC, Xbox e um certo futuro console da empresa. Rumores afirmam que a demonstração feita estaria rodando em um protótipo do novo console. Paralelamente, as primeiras imagens de um jogo para o portátil da Sony, o PSP, são reveladas no evento: "Death, Jr.".
Em abril, a Silicon Knights - estúdio canadense associado à Nintendo e criador de "Eternal Darkness" - anuncia fim da parceria de exclusividade com a empresa. O presidente Denis Dyack não revela quais são os futuros planos da empresa.
A feira E3 2004 é o palco de um duelo de pequenos gigantes: a Sony mostra o PSP, enquanto a Nintendo demonstra o DS. Os dois portáteis são exibidos em espaços restritos, sendo que o PSP só aparece na forma de demonstrações não-interativas (apesar de já estar rodando futuros games como "Metal Gear Ac!d"). A Nintendo mostra diversas demos do DS, muitas dos quais serão transformadas em jogos futuramente.
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Após críticas, Nintendo desiste do visual cartunesco de "Zelda" e mostra um Link mais adulto em "Twilight Princess". Posteriormente, além do GameCube, o jogo ganharia uma versão para o Wii, o futuro console da empresa
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Mas os destaques da feira não pararam por aí. Surpreendendo fãs, imprensa e analistas, a Nintendo mostra um breve vídeo de seu novo "Zelda", que não segue o estilo de desenho animado de "Wind Waker". Um trailer do Link mais velho e realista causa furor entre os fãs da empresa. A Microsoft mostra o multiplayer do esperado "Halo 2", além de anunciar que a Electronic Arts passará a oferecer multiplayer online através do Xbox Live. A Sony faz um discurso técnico sobre uma futura rede online, insinuando que a tecnologia será a base do sucessor do PlayStation 2. A Nintendo menciona seu novo console apenas pelo nome-código, "Revolution". Os três novos aparelhos estarão presentes na próxima edição da E3, em 2005, afirmaram os fabricantes.
Outros destaques da E3 incluem continuações de "Prince of Persia", "Splinter Cell", "Battlefield" (assim como versões para console), a inclusão de "Counter-Strike Source" em "Half-Life 2", entre tantos outros.
"THE SIMS 2", "NINJA GAIDEN" E OUTROS (2004)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
Analistas da indústria e representantes das empresas comentam, em junho, que pretendem estender a vida útil dos consoles, mantendo-os em circulação de forma mais efetiva mesmo depois do lançamento de seus sucessores - a morte prematura de seus antecessores é vista como um erro por todos.
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Sustos com "Doom 3", para PC
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No começo de agosto, fãs do PC passaram a dormir com a luz acessa. "Doom 3" chegou aos computadores sem grandes inovações, mas obrigou muitos a atualizar sua máquina para que toda a atmosfera de terror ganhasse vida na tela. À exemplo de "Far Cry", lançado no começo do ano, "Doom 3" foi um divisor de águas no que diz respeito à qualidade gráfica dos títulos para PC.
Continuando com a tradição anual de lançar uma atualização de "Mario Party", a Nintendo revela em agosto o acessório secreto que diferenciará a sexta versão: um microfone. Acessório será utilizado em outros jogos de karaokê de terceiros.
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Finalmente sai a verdadeira seqüência de "The Sims", e não demora até aparecer uma avalanche de expansões
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Em setembro os Sims finalmente ganharam sua primeira continuação. Depois de uma seqüência de expansões, o simulador de pessoas ganhou visual renovado e muitas novidades. Não demorou para "The Sims 2" virar mania e a Electronic Arts já anunciou a primeira expansão: "The Sims 2 University".
Ainda em outubro traz uma má notícia sobre "Gran Turismo 4": o jogo perdeu sua opção online. O simulador tem seu lançamento remarcado (depois de muitos atrasos) para o final de 2004. Mesmo com o corte, a Sony acaba voltando atrás e o lançamento nos Estados Unidos para 2005.
A Capcom solta uma bomba em novembro: depois de acabar com virtualmente todas as exclusividades dos cinco jogos originalmente feitos para GameCube (com exceção do criticado "P.N. 03"), "Resident Evil 4" é anunciado para PlayStation 2. O jogo chegará ao console quase um ano depois, mas diversos membros da equipe de produção se dizem revoltados pela decisão arbitrária dos executivos da empresa - a maioria já migrou para a Clover.
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"Halo 2" consagra Master Chief como o herói do Xbox; a criação da produtora Bungie transforma-se numa franquia multimilionária da Microsoft
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Característico da época do ano, as produtoras de jogos lançam suas armas entre os meses de outubro e novembro. Na enxurrada de grandes títulos estão: "Metal Gear Solid 3", "Grand Theft Auto: San Andreas", "Halo 2" e "Metroid Prime 2: Echoes". Além disso, a Sony começa a comercializar a versão compacta do PS2 (que não aceita disco rígido) e a esperada continuação de "Half-Life" invade o PC. O Nintendo DS chega aos Estados Unidos no dia 21 de novembro. O novo portátil da Nintendo faz sucesso, e repete a dose ao chegar nas lojas japonesas uma semana depois, já no começo de dezembro - o aparelho repete a velocidade das vendas iniciais do Game Boy Advance.
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Com poucas unidades, lançamento do PSP no Japão foi prejudicado
No dia 12 de dezembro, a Sony lança o PSP, no Japão. Com uma tiragem limitada de 200 mil peças, o aparelho esgota em questão de horas. "Ridge Racers" é o game mais procurado. Americanos têm de esperar até março de 2005 para receber o produto.
Quando o ano parecia terminado, a Electronic Arts aproveita seus lucros para realizar dois investimentos históricos: compra a exclusividade da licença da liga de futebol norte-americana NFL por cinco anos, assim como 19,9% das ações da concorrente francesa Ubi Soft. O ano termina com o lançamento de "Gran Turismo 4", para PS2, somente no Japão, no dia 28 de dezembro.
Em março, a Nintendo anuncia oficialmente a produção de "Donkey Konga", novo jogo do gorila que marcou a estréia de Mario no fliperama. O produto é desenvolvido em parceria com a Namco e é um jogo de música que usa bongôs como controle. Analistas de mercado prevêem que o DS terá um sistema de mensagens instantâneas e rodará música e vídeo (duas afirmações que acabando sendo confirmadas no decorrer do ano).
A Capcom fecha seu Studio 6 e anuncia a criação da Clover, nova produtora que abriga os talentos responsáveis por "Viewtiful Joe" e "Resident Evil".
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O simpático "Death Jr.", para PSP, foi feito pela mesma equipe que trouxe "Rayman" e "Phantasy Star" ao Game Boy Advance. O jogo foi distribuído pela Konami
Muitos esperaram que a Microsoft anunciasse o sucessor do Xbox na GDC, no final de março. Ao invés disso, a empresa revelou o XNA - um novo conjunto de ferramentas que unifica a produção de jogos para PC, Xbox e um certo futuro console da empresa. Rumores afirmam que a demonstração feita estaria rodando em um protótipo do novo console. Paralelamente, as primeiras imagens de um jogo para o portátil da Sony, o PSP, são reveladas no evento: "Death, Jr.".
Em abril, a Silicon Knights - estúdio canadense associado à Nintendo e criador de "Eternal Darkness" - anuncia fim da parceria de exclusividade com a empresa. O presidente Denis Dyack não revela quais são os futuros planos da empresa.
A feira E3 2004 é o palco de um duelo de pequenos gigantes: a Sony mostra o PSP, enquanto a Nintendo demonstra o DS. Os dois portáteis são exibidos em espaços restritos, sendo que o PSP só aparece na forma de demonstrações não-interativas (apesar de já estar rodando futuros games como "Metal Gear Ac!d"). A Nintendo mostra diversas demos do DS, muitas dos quais serão transformadas em jogos futuramente.
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Após críticas, Nintendo desiste do visual cartunesco de "Zelda" e mostra um Link mais adulto em "Twilight Princess". Posteriormente, além do GameCube, o jogo ganharia uma versão para o Wii, o futuro console da empresa
FOTO DO JOGO
Mas os destaques da feira não pararam por aí. Surpreendendo fãs, imprensa e analistas, a Nintendo mostra um breve vídeo de seu novo "Zelda", que não segue o estilo de desenho animado de "Wind Waker". Um trailer do Link mais velho e realista causa furor entre os fãs da empresa. A Microsoft mostra o multiplayer do esperado "Halo 2", além de anunciar que a Electronic Arts passará a oferecer multiplayer online através do Xbox Live. A Sony faz um discurso técnico sobre uma futura rede online, insinuando que a tecnologia será a base do sucessor do PlayStation 2. A Nintendo menciona seu novo console apenas pelo nome-código, "Revolution". Os três novos aparelhos estarão presentes na próxima edição da E3, em 2005, afirmaram os fabricantes.
Outros destaques da E3 incluem continuações de "Prince of Persia", "Splinter Cell", "Battlefield" (assim como versões para console), a inclusão de "Counter-Strike Source" em "Half-Life 2", entre tantos outros.
"THE SIMS 2", "NINJA GAIDEN" E OUTROS (2004)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
Analistas da indústria e representantes das empresas comentam, em junho, que pretendem estender a vida útil dos consoles, mantendo-os em circulação de forma mais efetiva mesmo depois do lançamento de seus sucessores - a morte prematura de seus antecessores é vista como um erro por todos.
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Sustos com "Doom 3", para PC
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No começo de agosto, fãs do PC passaram a dormir com a luz acessa. "Doom 3" chegou aos computadores sem grandes inovações, mas obrigou muitos a atualizar sua máquina para que toda a atmosfera de terror ganhasse vida na tela. À exemplo de "Far Cry", lançado no começo do ano, "Doom 3" foi um divisor de águas no que diz respeito à qualidade gráfica dos títulos para PC.
Continuando com a tradição anual de lançar uma atualização de "Mario Party", a Nintendo revela em agosto o acessório secreto que diferenciará a sexta versão: um microfone. Acessório será utilizado em outros jogos de karaokê de terceiros.
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Finalmente sai a verdadeira seqüência de "The Sims", e não demora até aparecer uma avalanche de expansões
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Em setembro os Sims finalmente ganharam sua primeira continuação. Depois de uma seqüência de expansões, o simulador de pessoas ganhou visual renovado e muitas novidades. Não demorou para "The Sims 2" virar mania e a Electronic Arts já anunciou a primeira expansão: "The Sims 2 University".
Ainda em outubro traz uma má notícia sobre "Gran Turismo 4": o jogo perdeu sua opção online. O simulador tem seu lançamento remarcado (depois de muitos atrasos) para o final de 2004. Mesmo com o corte, a Sony acaba voltando atrás e o lançamento nos Estados Unidos para 2005.
A Capcom solta uma bomba em novembro: depois de acabar com virtualmente todas as exclusividades dos cinco jogos originalmente feitos para GameCube (com exceção do criticado "P.N. 03"), "Resident Evil 4" é anunciado para PlayStation 2. O jogo chegará ao console quase um ano depois, mas diversos membros da equipe de produção se dizem revoltados pela decisão arbitrária dos executivos da empresa - a maioria já migrou para a Clover.
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"Halo 2" consagra Master Chief como o herói do Xbox; a criação da produtora Bungie transforma-se numa franquia multimilionária da Microsoft
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Característico da época do ano, as produtoras de jogos lançam suas armas entre os meses de outubro e novembro. Na enxurrada de grandes títulos estão: "Metal Gear Solid 3", "Grand Theft Auto: San Andreas", "Halo 2" e "Metroid Prime 2: Echoes". Além disso, a Sony começa a comercializar a versão compacta do PS2 (que não aceita disco rígido) e a esperada continuação de "Half-Life" invade o PC. O Nintendo DS chega aos Estados Unidos no dia 21 de novembro. O novo portátil da Nintendo faz sucesso, e repete a dose ao chegar nas lojas japonesas uma semana depois, já no começo de dezembro - o aparelho repete a velocidade das vendas iniciais do Game Boy Advance.
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Com poucas unidades, lançamento do PSP no Japão foi prejudicado
No dia 12 de dezembro, a Sony lança o PSP, no Japão. Com uma tiragem limitada de 200 mil peças, o aparelho esgota em questão de horas. "Ridge Racers" é o game mais procurado. Americanos têm de esperar até março de 2005 para receber o produto.
Quando o ano parecia terminado, a Electronic Arts aproveita seus lucros para realizar dois investimentos históricos: compra a exclusividade da licença da liga de futebol norte-americana NFL por cinco anos, assim como 19,9% das ações da concorrente francesa Ubi Soft. O ano termina com o lançamento de "Gran Turismo 4", para PS2, somente no Japão, no dia 28 de dezembro.
A História do Videogame 2003
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No Xbox, Tecmo explora sensualidade das lutadoras de "Dead or Alive"
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No dia 16 de janeiro, a Sony comemora a marca dos 50 milhões de consoles PlayStation 2 produzidos. Na mesma data, a Microsoft inaugura o Xbox Live no Japão, mas o serviço online começa devagar, com menos de 10 mil assinantes. Nos Estados Unidos, a situação do Xbox é bem melhor e os lançamentos do controverso "Dead or Alive Volleyball" e do excelente "Panzer Dragoon Orta" animam os donos do console no início do ano.
Também em janeiro, a Gradiente formalizou o fim de sua parceria com a Nintendo e deixou de distribuir os videogames GameCube, Game Boy Advance e seus respectivos jogos no Brasil. A notícia não significou a saída dos produtos da Nintendo das lojas, que passaram a ter suporte de importadora.
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Versão atualizada do Game Boy Advance tinha luz interna frontal, bateria recarregável de Li-ion e frente dobrável
No dia 14 de fevereiro, a Nintendo despachou as primeiras 300 mil unidades do Game Boy Advance SP para as lojas japonesas. O lançamento foi um sucesso e a empresa soltou uma nota pedindo desculpas por não conseguir atender a demanda. O novo modelo do portátil chegou aos Estados Unidos em 23 de março.
Ainda em fevereiro, a Konami confirmou que o GameCube teria uma versão de "Metal Gear Solid". Detalhes do jogo, que se descobriu ser um remake do título do PSOne, foram revelados somente na E3, feira mundial de jogos, em maio.
A E3 2003 aconteceu entre os dias 14 e 16 e não causou tanto estardalhaço como sua edição anterior. A Nintendo apostou nos jogos para GameCube com conexão com o Game Boy. A Microsoft revelou "Conker: Live and Uncut" online para Xbox e mostrou mais do esperado "Halo 2". Mas a maior notícia foi da Sony, que anunciou sua entrada no segmento de portáteis com o PSP (PlayStation Portable). Na ocasião, nenhuma imagem do aparelho ou de seus jogos foi mostrada.
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Efeito de câmera lenta de "Enter the Matrix" deixou o jogo muito fácil. Nem é preciso ser o Escolhido para desviar das balas
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A continuação de Matrix estréia nos cinemas de todo o globo em maio e traz junto o game "Enter the Matrix", com versões para PC e videogames. Como o filme, o game divide opiniões, mas a média das avaliações não aprovou a iniciativa dos irmãos diretores Wachowski.
"Mario Golf" para GameCube e "Star Wars Knights of the Old Republic" para Xbox são atrações norte-americanas no mês de julho. No Japão, já no começo de agosto, a bola está com "Winning Eleven 7" para PlayStation 2, que demorou poucos dias para atingir um milhão de cópias vendidas.
A grande notícia de agosto veio da Microsoft. A empresa anunciou que rompeu o seu contrato com a nVidia e elegeu a ATI Technologies como parceira para prover o chip gráfico do Xbox 2.
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Nintendo lança "F-Zero GX" em parceria com a Sega. Além da versão para GameCube, o jogo foi lançado nos fliperamas
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"F-Zero GX" dá a largada no GameCube no dia 26 agosto. O simulador de corrida é fruto de uma iniciativa da Nintendo em buscar parceiros estratégicos para produzir jogos com os personagens da empresa. Neste mesmo mês, a Namco anunciou que iria produzir um game musical com a família "Donkey Kong" também para o GameCube.
A série milionária "Grand Theft Auto" perde sua exclusividade nos videogames da Sony. "Grand Theft Auto: Double Pack" para Xbox reúne os dois games lançados para PlayStation 2. O anúncio do game foi feito na primeira semana de setembro.
"F-ZERO GX", "PRINCE OF PERSIA" E OUTROS (2003)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
A Nintendo reduziu o preço do GameCube para US$ 99 no dia 25 de setembro. A iniciativa colocou as vendas do console próximas ao do PlayStation 2 e deixou o Xbox em terceiro colocado nos Estados Unidos durante a semana de Ação de Graças e no Natal.
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N-Gage: celular-videogame da Nokia não emplacou
O N-Gage, o celular-videogame da Nokia, é lançado no dia 7 de outubro. O aparelho pode ser usado para rodar jogos, para telefone padrão GSM, toca MP3, funciona como rádio e tem funções de agenda. No entanto, o preço salgado (US$ 299) e design polêmico - que dificulta a troca de jogos e deixa o usuário desconfortável quando o aparelho é usado como telefone - afastam os consumidores. Promoções com o aparelho não demoraram a aparecer e empresas de marketing estimam que menos de 5 mil unidades foram vendidas no ano.
Visando as vendas do final de ano, uma enxurrada de bons títulos chega às prateleiras norte-americanas: "Mario Kart: Double Dash" (GC), "Prince of Persia" (Multi), "Beyond Good and Evil" (Multi), "Simpsons: Hit and Run" (Multi), "Grabbed by the Ghoulies" (XB) e as continuações de "Jak & Daxter" e "Ratchet & Clank", ambas para PlayStation 2, são alguns dos destaques.
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Sony mostra como será o seu videogame de bolso, o PSP. No entanto, com exceção do tamanho da tela, a versão final do portátil ficaria bem diferente
No começo de novembro, a Sony mostrou as primeiras imagens do seu portátil, o PSP. Além de jogos, o aparelho roda arquivos MP3 e arquivos de vídeo. O grande destaque fica para a tela de crystal líquido, em formato de widescreen. Além de jogos, a meta da Sony é comercializar filmes na mídia proprietária UMD, usada pelo portátil.
A próxima geração de videogames - prometida para 2005 - começa a mostrar a cara. Em dezembro, Sony anuncia que o Chip Cell, o coração do PlayStation 3, está pronto e o presidente da Nintendo afirma que o próximo videogame da empresa irá rodar também jogos do GameCube.
No Xbox, Tecmo explora sensualidade das lutadoras de "Dead or Alive"
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No dia 16 de janeiro, a Sony comemora a marca dos 50 milhões de consoles PlayStation 2 produzidos. Na mesma data, a Microsoft inaugura o Xbox Live no Japão, mas o serviço online começa devagar, com menos de 10 mil assinantes. Nos Estados Unidos, a situação do Xbox é bem melhor e os lançamentos do controverso "Dead or Alive Volleyball" e do excelente "Panzer Dragoon Orta" animam os donos do console no início do ano.
Também em janeiro, a Gradiente formalizou o fim de sua parceria com a Nintendo e deixou de distribuir os videogames GameCube, Game Boy Advance e seus respectivos jogos no Brasil. A notícia não significou a saída dos produtos da Nintendo das lojas, que passaram a ter suporte de importadora.
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Versão atualizada do Game Boy Advance tinha luz interna frontal, bateria recarregável de Li-ion e frente dobrável
No dia 14 de fevereiro, a Nintendo despachou as primeiras 300 mil unidades do Game Boy Advance SP para as lojas japonesas. O lançamento foi um sucesso e a empresa soltou uma nota pedindo desculpas por não conseguir atender a demanda. O novo modelo do portátil chegou aos Estados Unidos em 23 de março.
Ainda em fevereiro, a Konami confirmou que o GameCube teria uma versão de "Metal Gear Solid". Detalhes do jogo, que se descobriu ser um remake do título do PSOne, foram revelados somente na E3, feira mundial de jogos, em maio.
A E3 2003 aconteceu entre os dias 14 e 16 e não causou tanto estardalhaço como sua edição anterior. A Nintendo apostou nos jogos para GameCube com conexão com o Game Boy. A Microsoft revelou "Conker: Live and Uncut" online para Xbox e mostrou mais do esperado "Halo 2". Mas a maior notícia foi da Sony, que anunciou sua entrada no segmento de portáteis com o PSP (PlayStation Portable). Na ocasião, nenhuma imagem do aparelho ou de seus jogos foi mostrada.
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Efeito de câmera lenta de "Enter the Matrix" deixou o jogo muito fácil. Nem é preciso ser o Escolhido para desviar das balas
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A continuação de Matrix estréia nos cinemas de todo o globo em maio e traz junto o game "Enter the Matrix", com versões para PC e videogames. Como o filme, o game divide opiniões, mas a média das avaliações não aprovou a iniciativa dos irmãos diretores Wachowski.
"Mario Golf" para GameCube e "Star Wars Knights of the Old Republic" para Xbox são atrações norte-americanas no mês de julho. No Japão, já no começo de agosto, a bola está com "Winning Eleven 7" para PlayStation 2, que demorou poucos dias para atingir um milhão de cópias vendidas.
A grande notícia de agosto veio da Microsoft. A empresa anunciou que rompeu o seu contrato com a nVidia e elegeu a ATI Technologies como parceira para prover o chip gráfico do Xbox 2.
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Nintendo lança "F-Zero GX" em parceria com a Sega. Além da versão para GameCube, o jogo foi lançado nos fliperamas
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"F-Zero GX" dá a largada no GameCube no dia 26 agosto. O simulador de corrida é fruto de uma iniciativa da Nintendo em buscar parceiros estratégicos para produzir jogos com os personagens da empresa. Neste mesmo mês, a Namco anunciou que iria produzir um game musical com a família "Donkey Kong" também para o GameCube.
A série milionária "Grand Theft Auto" perde sua exclusividade nos videogames da Sony. "Grand Theft Auto: Double Pack" para Xbox reúne os dois games lançados para PlayStation 2. O anúncio do game foi feito na primeira semana de setembro.
"F-ZERO GX", "PRINCE OF PERSIA" E OUTROS (2003)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
A Nintendo reduziu o preço do GameCube para US$ 99 no dia 25 de setembro. A iniciativa colocou as vendas do console próximas ao do PlayStation 2 e deixou o Xbox em terceiro colocado nos Estados Unidos durante a semana de Ação de Graças e no Natal.
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N-Gage: celular-videogame da Nokia não emplacou
O N-Gage, o celular-videogame da Nokia, é lançado no dia 7 de outubro. O aparelho pode ser usado para rodar jogos, para telefone padrão GSM, toca MP3, funciona como rádio e tem funções de agenda. No entanto, o preço salgado (US$ 299) e design polêmico - que dificulta a troca de jogos e deixa o usuário desconfortável quando o aparelho é usado como telefone - afastam os consumidores. Promoções com o aparelho não demoraram a aparecer e empresas de marketing estimam que menos de 5 mil unidades foram vendidas no ano.
Visando as vendas do final de ano, uma enxurrada de bons títulos chega às prateleiras norte-americanas: "Mario Kart: Double Dash" (GC), "Prince of Persia" (Multi), "Beyond Good and Evil" (Multi), "Simpsons: Hit and Run" (Multi), "Grabbed by the Ghoulies" (XB) e as continuações de "Jak & Daxter" e "Ratchet & Clank", ambas para PlayStation 2, são alguns dos destaques.
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Sony mostra como será o seu videogame de bolso, o PSP. No entanto, com exceção do tamanho da tela, a versão final do portátil ficaria bem diferente
No começo de novembro, a Sony mostrou as primeiras imagens do seu portátil, o PSP. Além de jogos, o aparelho roda arquivos MP3 e arquivos de vídeo. O grande destaque fica para a tela de crystal líquido, em formato de widescreen. Além de jogos, a meta da Sony é comercializar filmes na mídia proprietária UMD, usada pelo portátil.
A próxima geração de videogames - prometida para 2005 - começa a mostrar a cara. Em dezembro, Sony anuncia que o Chip Cell, o coração do PlayStation 3, está pronto e o presidente da Nintendo afirma que o próximo videogame da empresa irá rodar também jogos do GameCube.
A História do Videogame 2001
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Game Over para a Sega no mercado de consoles. Apesar do anúncio, Dreamcast contiua a receber novos títulos
No final de janeiro, a Sega choca o mundo anunciando o fim da produção do Dreamcast, prevista para março de 2002, e sua especialização no ramo de software: a empresa passa a fazer jogos para os consoles da Sony, Nintendo e Microsoft. A promessa de parar a produção dos consoles acaba sendo quebrada, mas os primeiros jogos para os antigos concorrentes começam a aparecer ainda em 2001, com o lançamento de "Super Monkey Ball", para GameCube.
Em 21 de março, no Japão, o Game Boy evoluiu. O Game Boy Advance, ou simplesmente GBA, substituto do modelo Color, aceita cartuchos de toda a família Game Boy. Em termos de qualidade gráfica, o portátil lembra muito o Super Nintendo e, de fato, muitos sucessos do 16 bits da Nintendo viriam a ser convertidos para a plataforma. Além da função link para partidas multiplayer entre mais de um portátil, o GBA tem conectividade com o GameCube, função que foi usada para destravar itens em alguns jogos ou para que o portátil funcionasse como uma segunda tela do console de mesa. Nos Estados Unidos, o GBA foi lançado alguns meses depois, em 11 de junho, custando US$ 99.
O primeiro grande confronto do ano acontece em maio, na E3. Com a estréia dos primeiros títulos do GameCube e do Xbox, assim como a segunda geração de jogos para o PlayStation 2, entre eles o esperado "Gran Turismo 3", todos os jornalistas presentes acabam fazendo comparações.
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"Star Wars Galaxies", para PC
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A Sony e a Microsoft reafirmam seus planos de jogos onlines para 2002, enquanto a Nintendo se mostra conservadora e afirma ainda estar pensando sobre o assunto - enquanto a Sega confirma "Phantasy Star Online" para o console no primeiro trimestre de 2002. Além da enxurrada de jogos online para PC - com "Star Wars Galaxies" roubando o show.
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Luigi tem medo de fantasmas, mas encara o bem a missão de substituir o irmão Mario na estréia do GameCube
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A Nintendo surpreende o mundo ao revelar que o GameCube será lançado sem um jogo do Mario. "Luigi's Mansion", "Pikmin" e "Super Smash Bros. Melee" atraem verdadeiras multidões na feira, mas é "Rogue Leader" que acaba derrubando mais queixos no aspecto técnico. A Microsoft peca por mostrar software inacabado em um estande caprichado, mas usando televisores de baixa qualidade. Mesmo assim "Halo" e "Dead or Alive 3" - aunciado como exclusivo para o console - chamam a atenção.
A maior surpresa talvez seja o lançamento dos dois novos consoles: ambos marcados para as primeiras duas semanas de novembro. Cada uma das duas afirma que a concorrente irá atrasar. No fim das contas, ambas as empresas, Microsoft e Nintendo adiam o lançamento de seus respectivos consoles, que acabaram saindo na mesma semana.
"Final Fantasy X" é lançado em julho no Japão. Apesar de apenas dois outros jogos para PlayStation 2 terem ultrapassado vendas de um milhão de unidades ("Onimusha" e "Gran Turismo 3"), "Final Fantasy X" cria filas enormes e quase dois milhões de unidades são vendidas nos primeiros dias. O jogo só não bate recordes de venda, pois perde para o popular "Dragon Quest VII", para o primeiro PlayStation.
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A mudança de direção de arte do "Zelda" para GameCube causou indignação em parte dos fãs
VEJA FOTO DO JOGO
Mas talvez o maior susto do ano tenha acontecido na SpaceWorld, evento japonês particular da Nintendo. Em agosto, a empresa promete revelar os primeiros sinais do novo "Zelda" e do novo Mario. O jogo do encanador italiano traz mais perguntas do que respostas, com a introdução de uma estranho mochila com uma mangueira.
Mas o grande susto (e revolta) é causado por Link: o herói de "Zelda" ganhou um tratamento de desenho animado, quase oposto ao personagem revelado na feira do ano anterior. Fãs se revoltam. Alguns se acalmam e defendem o novo visual, mas muitos ainda continuam simplesmente acreditando de que tudo não passa de uma piada de mal gosto e que a Nintendo lançará o jogo realista algum dia.
Em setembro, o GameCube é lançado no Japão com apenas três jogos - dois da Nintendo, e um da Sega. Sob a sombra dos ataques terroristas em Nova York e a crise econômica japonesa, o console vende modestamente. As vendas só decolam com o lançamento de "Super Smash Bros.", em novembro.
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Microsoft é o novo jogador do mercado de consoles domésticos
Novembro de 2001 talvez fique marcado para sempre como um dos mais interessantes meses da história do videogame: enquanto o PlayStation 2 recebe "Metal Gear Solid 2", o GameCube e o Xbox são lançados nos EUA. "Halo" e "Dead or Alive 3" são os jogos preferidos do console de Bill Gates. Do lado da Nintendo, os destaques ficam por conta de "Luigi's Mansion" e "Super Smash Bros.". Ambos os videogames - Xbox e GameCube - esgotam imediatamente e encontrar um deles na Terra do Tio Sam acaba sendo uma tarefa heróica.
O ano termina com Sony, Nintendo e Microsoft proclamando vitória nas vendas natalinas.
"FINAL FANTASY X", "PIKMIN" E OUTROS (2001-2002)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
2002
O ano começou a pegar fogo em maio. A E3, feira de jogos americana, nunca foi marcada por tanta disputa entre os três principais produtores de consoles: além de uma queda de preços das três plataformas, as empresas apresentaram grandes armas para competir por um espaço na sala de estar dos consumidores:
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"Metroid Prime", para Gamecube
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"Ninja Gaiden", para Xbox
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"GTA: Vice City", para PS2
VEJA JOGOS DE 2002
A Microsoft apontava seu serviço pago de jogos online, o Xbox Live, como uma das maiores revoluções da indústria (sem contar uma versão própria de "Metal Gear Solid 2") e jogos exclusivos como "Blinx", "Ninja Gaiden" e "ToeJam & Earl 3". A Nintendo decidiu ser conservadora e mostrou os seus "gigantes", oferecendo demos jogáveis de "Mario Sunshine", "Legend of Zelda" e "Metroid Prime", todos para GameCube. E, pasmem, prometeu lançar os três ainda em 2002. A Sony faz um pouco dos dois: revela seus planos de lançar o adaptador de rede do PS2, assim como uma grande linha de jogos populares - entre eles, o esperado "The Getaway", um antigo projeto de um estúdio britânico da empresa. Outros jogos de peso incluíam "Ratchet & Clank" (dos criadores de "Spyro") e "Sly Cooper". Mas talvez o maior trunfo da empresa tenha sido garantir a exclusividade da série "Grand Theft Auto", que se tornaria o jogo mais vendido do console, até outubro de 2004. Mesmo assim, quem sai por cima na feira é o PC, repleto de títulos de qualidade e portes de grandes jogos dos consoles.
Apenas uma semana depois da E3, a Square confirma que está produzindo a primeira continuação de um jogo de saga "Final Fantasy". Em 28 de maio, a companhia revela que está trabalhando em não um, mas DOIS jogos que se ambientam no mesmo universo de "Final Fantasy X": uma versão com a personagem Rikku e uma outra com Yuna. No dia 18 de outubro os planos finais do produto são revelados com algumas modificações: só haverá um game. "Final Fantasy X-2" terá as duas personagens, trará mais elementos de ação, e será mais curto e simples que o original.
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Encanador Mario Bros. tem férias encrencadas no GameCube
VEJA FOTO DO JOGO
No dia 19 de julho, a Nintendo lança o que deveria ter sido o game que acompanharia o GameCube em sua estréia: "Super Mario Sunshine". O encanador italiano não está no Reino dos Cogumelos, mas em uma ilha paradisíaca, utilizando um novo aparelho - o misterioso jato de água, criado pelo mesmo cientista maluco de "Luigi's Mansion". O game não chega a vender tão bem quanto "Super Smash Bros. Melee".
O PlayStation 2 é o primeiro videogame à navegar na internet nos Estados Unidos do trio de sua geração: no dia 28 de agosto a Sony lança o adaptador de rede do console. Reunindo funções de placa ethernet e modem, ele serve tanto para banda larga quanto para conexão discada. Entre os jogos de lançamento estão "SOCOM" (que acompanha um microfone para comunicação vocal) e "Twisted Metal Online".
Menos de um mês depois, no dia 12 de setembro, a Sega lança "Phantasy Star Online Episode I & II", no Japão, levando o GameCube também à rede. O mesmo jogo e os acessórios de conexão são lançados nos Estados Unidos no dia 30 de outubro. Não apenas nenhum outro jogo online foi anunciado, mas a Nintendo não revelou planos de lançar novas levas do acessório, que esgotou completamente.
No dia 17 de setembro a Nintendo lança, sem muito estardalhaço, o jogo "Animal Crossing". Uma espécie de versão light de "The Sims" para console. O game permite que vários jogadores vivam em um mundo virtual, regido pelo tempo do mundo real (com auxílio do relógio interno do GameCube) e que oferece a possibilidade de troca de itens sem a internet, com o uso de códigos. O game é um sucesso de vendas e é considerado totalmente revolucionário, apesar de ser um remake de um jogo para Nintendo 64 lançado na primeira metade de 2001 somente no Japão.
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"Kameo", jogo demonstração do GameCube, passou para a Microsoft, mas o projeto não chegaria às prateleiras tão cedo. Ao menos, não na geração do Xbox
No dia 20 de setembro, depois de meses de especulação, a Microsoft anuncia oficialmente a compra da Rare, um estúdio até então afiliado à Nintendo. A desenvolvedora britânica leva nas costas todas as licenças produzidas durante sua parceria com a Nintendo ("Banjo", "Conker", "Perfect Dark", entre outros), e devolve os projetos de personagens como "Donkey Kong". A Nintendo embolsa cerca de 150 milhões de dólares na transação. O primeiro game para o Xbox, "Kameo", tem lançamento planejado para o início de 2003, o que nunca aconteceu.
No início de outubro, a revista V-Jump fez uma edição especial comemorando o primeiro aniversário do GameCube japonês. Em uma de suas páginas finais, a publicação previa um "anúncio megaton" que faria o GameCube vender muito. Boatos sobre o que seria o megaton começaram a rodar pela internet: alguns previam a compra da Capcom e da Sega, alguns acreditavam que Pokémon Online seria anunciado, sugestões de uma nova mídia de 15 Terabytes. Outros até chegaram a sugerir que o antigo protótipo do PlayStation, criado como CD-ROM do Super Nintendo ainda era propriedade da Nintendo, e que a Sony teria de pagar centenas de milhões de dólares para a empresa. Muito se especulou, mas no final das contas não houve nenhum megaton (nem mesmo uma biribinha) em 2002.
A continuação do enormemente popular "Grand Theft Auto 3" chega às prateleiras americanas no dia 29 de outubro. "Vice City" leva jogadores para a Miami dos anos 80 e quebra recordes de vendas: milhões de unidades foram reservadas antes do lançamento do game.
No dia 14 de novembro, a Capcom mostra mais uma vez seu comprometimento com a Nintendo: além de oferecer a exclusividade da série "Resident Evil", a empresa revela mais cinco games exclusivos para o console da empresa - quatro deles altamente originais: "Viewtiful Joe", "Killer 7", "Dead Phoenix" e "Product Number 3", além do inédito "Resident Evil 4". O elo inicial entre as empresas foi criado quando a Nintendo chamou a Capcom para desenvolver dois jogos de "Zelda" para Game Boy.
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Dashboard do Xbox Live. Rede online não chegou a desequilibrar forças na primeira geração, mas se tranformaria no grande atrativo do sucessor do Xbox
No dia seguinte, a Microsoft inicia oficialmente o serviço Xbox Live, colocando o Xbox na rede. Começando no dia 15 de novembro, a empresa coloca à venda um kit de 50 dólares que inclui um disco de inicialização, um headset com microfone e um ano de assinatura. Exclusivo para usuários de banda larga, o serviço tem vários jogos compatíveis. A empresa bane permanentemente qualquer usuário que se conecte com um Xbox modificado.
Dois jogos esperados do ano chegam aos Estados Unidos no dia 19 de novembro: "Splinter Cell" e "Metroid Prime". O primeiro é um clone de "Metal Gear", mas com o pé muito mais fincado na realidade. O segundo é a continuação das aventuras de Samus Aran, que teve sua última aventura em 1994, no Super Nintendo. Os dois jogos são aclamados pela crítica e atingem altas vendas. Uma curiosidade: os três jogos citados nesse parágrafo, alguns dos mais vendidos do ano, são ocidentais ("Vice City" é escocês, "Splinter Cell" é canadense e "Metroid Prime" é americano).
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As duas grande potências do RPG unem forças no Japão. Algo similar a uma fusão entre Sony e Nintendo na era 16 bits
No dia 26 de novembro, em um dos anúncios mais surpreendentes do ano, Square e Enix anunciam uma fusão, criando uma nova empresa chamada Square Enix. Do ponto de vista técnico, a Enix comprou a Square, mas o presidente da Square toma as rédeas da nova empresa. A acionária Sony perde poder sobre a Square no processo, já que as ações são diluídas. A nova companhia avisa que já está focando sua atenção a próxima geração de consoles, prometida para 2005.
Depois de muita especulação sobre qual console ganharia o mais novo episódio da série "Dragon Quest", a Square Enix revela que o jogo aparecerá no PlayStation 2 e será feito em parceria com a Level 5, a mesma de "Dark Cloud". O jogo tem gráficos de desenho animado, mas mantém a interface clássica da franquia.
Numa sexta-feira 13, de dezembro, a Nintendo lança no Japão "Legend of Zelda: Wind Waker", a primeira aventura de Link para GameCube. O jogo vende cerca de 400 mil unidades em sua estréia, ajudado em parte por um brinde: quem reservou o game levou um remake de "Ocarina of Time" para o console. O jogo recebe a nota máxima da caprichosa Famitsu, sendo o quarto game a receber a honra (e, junto com "Ocarina of Time", a série monopoliza dois espaços nessa seleta lista).
Game Over para a Sega no mercado de consoles. Apesar do anúncio, Dreamcast contiua a receber novos títulos
No final de janeiro, a Sega choca o mundo anunciando o fim da produção do Dreamcast, prevista para março de 2002, e sua especialização no ramo de software: a empresa passa a fazer jogos para os consoles da Sony, Nintendo e Microsoft. A promessa de parar a produção dos consoles acaba sendo quebrada, mas os primeiros jogos para os antigos concorrentes começam a aparecer ainda em 2001, com o lançamento de "Super Monkey Ball", para GameCube.
Em 21 de março, no Japão, o Game Boy evoluiu. O Game Boy Advance, ou simplesmente GBA, substituto do modelo Color, aceita cartuchos de toda a família Game Boy. Em termos de qualidade gráfica, o portátil lembra muito o Super Nintendo e, de fato, muitos sucessos do 16 bits da Nintendo viriam a ser convertidos para a plataforma. Além da função link para partidas multiplayer entre mais de um portátil, o GBA tem conectividade com o GameCube, função que foi usada para destravar itens em alguns jogos ou para que o portátil funcionasse como uma segunda tela do console de mesa. Nos Estados Unidos, o GBA foi lançado alguns meses depois, em 11 de junho, custando US$ 99.
O primeiro grande confronto do ano acontece em maio, na E3. Com a estréia dos primeiros títulos do GameCube e do Xbox, assim como a segunda geração de jogos para o PlayStation 2, entre eles o esperado "Gran Turismo 3", todos os jornalistas presentes acabam fazendo comparações.
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"Star Wars Galaxies", para PC
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A Sony e a Microsoft reafirmam seus planos de jogos onlines para 2002, enquanto a Nintendo se mostra conservadora e afirma ainda estar pensando sobre o assunto - enquanto a Sega confirma "Phantasy Star Online" para o console no primeiro trimestre de 2002. Além da enxurrada de jogos online para PC - com "Star Wars Galaxies" roubando o show.
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Luigi tem medo de fantasmas, mas encara o bem a missão de substituir o irmão Mario na estréia do GameCube
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A Nintendo surpreende o mundo ao revelar que o GameCube será lançado sem um jogo do Mario. "Luigi's Mansion", "Pikmin" e "Super Smash Bros. Melee" atraem verdadeiras multidões na feira, mas é "Rogue Leader" que acaba derrubando mais queixos no aspecto técnico. A Microsoft peca por mostrar software inacabado em um estande caprichado, mas usando televisores de baixa qualidade. Mesmo assim "Halo" e "Dead or Alive 3" - aunciado como exclusivo para o console - chamam a atenção.
A maior surpresa talvez seja o lançamento dos dois novos consoles: ambos marcados para as primeiras duas semanas de novembro. Cada uma das duas afirma que a concorrente irá atrasar. No fim das contas, ambas as empresas, Microsoft e Nintendo adiam o lançamento de seus respectivos consoles, que acabaram saindo na mesma semana.
"Final Fantasy X" é lançado em julho no Japão. Apesar de apenas dois outros jogos para PlayStation 2 terem ultrapassado vendas de um milhão de unidades ("Onimusha" e "Gran Turismo 3"), "Final Fantasy X" cria filas enormes e quase dois milhões de unidades são vendidas nos primeiros dias. O jogo só não bate recordes de venda, pois perde para o popular "Dragon Quest VII", para o primeiro PlayStation.
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A mudança de direção de arte do "Zelda" para GameCube causou indignação em parte dos fãs
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Mas talvez o maior susto do ano tenha acontecido na SpaceWorld, evento japonês particular da Nintendo. Em agosto, a empresa promete revelar os primeiros sinais do novo "Zelda" e do novo Mario. O jogo do encanador italiano traz mais perguntas do que respostas, com a introdução de uma estranho mochila com uma mangueira.
Mas o grande susto (e revolta) é causado por Link: o herói de "Zelda" ganhou um tratamento de desenho animado, quase oposto ao personagem revelado na feira do ano anterior. Fãs se revoltam. Alguns se acalmam e defendem o novo visual, mas muitos ainda continuam simplesmente acreditando de que tudo não passa de uma piada de mal gosto e que a Nintendo lançará o jogo realista algum dia.
Em setembro, o GameCube é lançado no Japão com apenas três jogos - dois da Nintendo, e um da Sega. Sob a sombra dos ataques terroristas em Nova York e a crise econômica japonesa, o console vende modestamente. As vendas só decolam com o lançamento de "Super Smash Bros.", em novembro.
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Microsoft é o novo jogador do mercado de consoles domésticos
Novembro de 2001 talvez fique marcado para sempre como um dos mais interessantes meses da história do videogame: enquanto o PlayStation 2 recebe "Metal Gear Solid 2", o GameCube e o Xbox são lançados nos EUA. "Halo" e "Dead or Alive 3" são os jogos preferidos do console de Bill Gates. Do lado da Nintendo, os destaques ficam por conta de "Luigi's Mansion" e "Super Smash Bros.". Ambos os videogames - Xbox e GameCube - esgotam imediatamente e encontrar um deles na Terra do Tio Sam acaba sendo uma tarefa heróica.
O ano termina com Sony, Nintendo e Microsoft proclamando vitória nas vendas natalinas.
"FINAL FANTASY X", "PIKMIN" E OUTROS (2001-2002)
MAIS VÍDEOS DA "HISTÓRIA DO VIDEOGAME"
2002
O ano começou a pegar fogo em maio. A E3, feira de jogos americana, nunca foi marcada por tanta disputa entre os três principais produtores de consoles: além de uma queda de preços das três plataformas, as empresas apresentaram grandes armas para competir por um espaço na sala de estar dos consumidores:
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"Metroid Prime", para Gamecube
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"Ninja Gaiden", para Xbox
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"GTA: Vice City", para PS2
VEJA JOGOS DE 2002
A Microsoft apontava seu serviço pago de jogos online, o Xbox Live, como uma das maiores revoluções da indústria (sem contar uma versão própria de "Metal Gear Solid 2") e jogos exclusivos como "Blinx", "Ninja Gaiden" e "ToeJam & Earl 3". A Nintendo decidiu ser conservadora e mostrou os seus "gigantes", oferecendo demos jogáveis de "Mario Sunshine", "Legend of Zelda" e "Metroid Prime", todos para GameCube. E, pasmem, prometeu lançar os três ainda em 2002. A Sony faz um pouco dos dois: revela seus planos de lançar o adaptador de rede do PS2, assim como uma grande linha de jogos populares - entre eles, o esperado "The Getaway", um antigo projeto de um estúdio britânico da empresa. Outros jogos de peso incluíam "Ratchet & Clank" (dos criadores de "Spyro") e "Sly Cooper". Mas talvez o maior trunfo da empresa tenha sido garantir a exclusividade da série "Grand Theft Auto", que se tornaria o jogo mais vendido do console, até outubro de 2004. Mesmo assim, quem sai por cima na feira é o PC, repleto de títulos de qualidade e portes de grandes jogos dos consoles.
Apenas uma semana depois da E3, a Square confirma que está produzindo a primeira continuação de um jogo de saga "Final Fantasy". Em 28 de maio, a companhia revela que está trabalhando em não um, mas DOIS jogos que se ambientam no mesmo universo de "Final Fantasy X": uma versão com a personagem Rikku e uma outra com Yuna. No dia 18 de outubro os planos finais do produto são revelados com algumas modificações: só haverá um game. "Final Fantasy X-2" terá as duas personagens, trará mais elementos de ação, e será mais curto e simples que o original.
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Encanador Mario Bros. tem férias encrencadas no GameCube
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No dia 19 de julho, a Nintendo lança o que deveria ter sido o game que acompanharia o GameCube em sua estréia: "Super Mario Sunshine". O encanador italiano não está no Reino dos Cogumelos, mas em uma ilha paradisíaca, utilizando um novo aparelho - o misterioso jato de água, criado pelo mesmo cientista maluco de "Luigi's Mansion". O game não chega a vender tão bem quanto "Super Smash Bros. Melee".
O PlayStation 2 é o primeiro videogame à navegar na internet nos Estados Unidos do trio de sua geração: no dia 28 de agosto a Sony lança o adaptador de rede do console. Reunindo funções de placa ethernet e modem, ele serve tanto para banda larga quanto para conexão discada. Entre os jogos de lançamento estão "SOCOM" (que acompanha um microfone para comunicação vocal) e "Twisted Metal Online".
Menos de um mês depois, no dia 12 de setembro, a Sega lança "Phantasy Star Online Episode I & II", no Japão, levando o GameCube também à rede. O mesmo jogo e os acessórios de conexão são lançados nos Estados Unidos no dia 30 de outubro. Não apenas nenhum outro jogo online foi anunciado, mas a Nintendo não revelou planos de lançar novas levas do acessório, que esgotou completamente.
No dia 17 de setembro a Nintendo lança, sem muito estardalhaço, o jogo "Animal Crossing". Uma espécie de versão light de "The Sims" para console. O game permite que vários jogadores vivam em um mundo virtual, regido pelo tempo do mundo real (com auxílio do relógio interno do GameCube) e que oferece a possibilidade de troca de itens sem a internet, com o uso de códigos. O game é um sucesso de vendas e é considerado totalmente revolucionário, apesar de ser um remake de um jogo para Nintendo 64 lançado na primeira metade de 2001 somente no Japão.
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"Kameo", jogo demonstração do GameCube, passou para a Microsoft, mas o projeto não chegaria às prateleiras tão cedo. Ao menos, não na geração do Xbox
No dia 20 de setembro, depois de meses de especulação, a Microsoft anuncia oficialmente a compra da Rare, um estúdio até então afiliado à Nintendo. A desenvolvedora britânica leva nas costas todas as licenças produzidas durante sua parceria com a Nintendo ("Banjo", "Conker", "Perfect Dark", entre outros), e devolve os projetos de personagens como "Donkey Kong". A Nintendo embolsa cerca de 150 milhões de dólares na transação. O primeiro game para o Xbox, "Kameo", tem lançamento planejado para o início de 2003, o que nunca aconteceu.
No início de outubro, a revista V-Jump fez uma edição especial comemorando o primeiro aniversário do GameCube japonês. Em uma de suas páginas finais, a publicação previa um "anúncio megaton" que faria o GameCube vender muito. Boatos sobre o que seria o megaton começaram a rodar pela internet: alguns previam a compra da Capcom e da Sega, alguns acreditavam que Pokémon Online seria anunciado, sugestões de uma nova mídia de 15 Terabytes. Outros até chegaram a sugerir que o antigo protótipo do PlayStation, criado como CD-ROM do Super Nintendo ainda era propriedade da Nintendo, e que a Sony teria de pagar centenas de milhões de dólares para a empresa. Muito se especulou, mas no final das contas não houve nenhum megaton (nem mesmo uma biribinha) em 2002.
A continuação do enormemente popular "Grand Theft Auto 3" chega às prateleiras americanas no dia 29 de outubro. "Vice City" leva jogadores para a Miami dos anos 80 e quebra recordes de vendas: milhões de unidades foram reservadas antes do lançamento do game.
No dia 14 de novembro, a Capcom mostra mais uma vez seu comprometimento com a Nintendo: além de oferecer a exclusividade da série "Resident Evil", a empresa revela mais cinco games exclusivos para o console da empresa - quatro deles altamente originais: "Viewtiful Joe", "Killer 7", "Dead Phoenix" e "Product Number 3", além do inédito "Resident Evil 4". O elo inicial entre as empresas foi criado quando a Nintendo chamou a Capcom para desenvolver dois jogos de "Zelda" para Game Boy.
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Dashboard do Xbox Live. Rede online não chegou a desequilibrar forças na primeira geração, mas se tranformaria no grande atrativo do sucessor do Xbox
No dia seguinte, a Microsoft inicia oficialmente o serviço Xbox Live, colocando o Xbox na rede. Começando no dia 15 de novembro, a empresa coloca à venda um kit de 50 dólares que inclui um disco de inicialização, um headset com microfone e um ano de assinatura. Exclusivo para usuários de banda larga, o serviço tem vários jogos compatíveis. A empresa bane permanentemente qualquer usuário que se conecte com um Xbox modificado.
Dois jogos esperados do ano chegam aos Estados Unidos no dia 19 de novembro: "Splinter Cell" e "Metroid Prime". O primeiro é um clone de "Metal Gear", mas com o pé muito mais fincado na realidade. O segundo é a continuação das aventuras de Samus Aran, que teve sua última aventura em 1994, no Super Nintendo. Os dois jogos são aclamados pela crítica e atingem altas vendas. Uma curiosidade: os três jogos citados nesse parágrafo, alguns dos mais vendidos do ano, são ocidentais ("Vice City" é escocês, "Splinter Cell" é canadense e "Metroid Prime" é americano).
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As duas grande potências do RPG unem forças no Japão. Algo similar a uma fusão entre Sony e Nintendo na era 16 bits
No dia 26 de novembro, em um dos anúncios mais surpreendentes do ano, Square e Enix anunciam uma fusão, criando uma nova empresa chamada Square Enix. Do ponto de vista técnico, a Enix comprou a Square, mas o presidente da Square toma as rédeas da nova empresa. A acionária Sony perde poder sobre a Square no processo, já que as ações são diluídas. A nova companhia avisa que já está focando sua atenção a próxima geração de consoles, prometida para 2005.
Depois de muita especulação sobre qual console ganharia o mais novo episódio da série "Dragon Quest", a Square Enix revela que o jogo aparecerá no PlayStation 2 e será feito em parceria com a Level 5, a mesma de "Dark Cloud". O jogo tem gráficos de desenho animado, mas mantém a interface clássica da franquia.
Numa sexta-feira 13, de dezembro, a Nintendo lança no Japão "Legend of Zelda: Wind Waker", a primeira aventura de Link para GameCube. O jogo vende cerca de 400 mil unidades em sua estréia, ajudado em parte por um brinde: quem reservou o game levou um remake de "Ocarina of Time" para o console. O jogo recebe a nota máxima da caprichosa Famitsu, sendo o quarto game a receber a honra (e, junto com "Ocarina of Time", a série monopoliza dois espaços nessa seleta lista).
PlayStation Portable
PlayStation Portable | |
---|---|
Fabricante | Sony Computer Entertainment |
Família do produto | PlayStation |
Tipo | Console portátil |
Geração | 7ª geração |
Lançamento | 12 de dezembro de 2004 24 de março de 2005 1 de setembro de 2005 |
Unidades vendidas | 50 milhões de consoles vendidos (todas as versões) |
Mídia | Universal Media Disc |
CPU | MIPS R4000, 1-333 MHz |
Capacidade de armazenamento | Memory Stick PRO Duo e Memory Stick Micro (M2) |
Controladores | ºº |
Conectividade | IrDA, Wi-Fi, USB |
Jogo mais vendido | Grand Theft Auto: Liberty City Stories 5 milhões |
Retrocompati- bilidade | PlayStation (via emulação) |
Antecessor | Pocketstation |
Sucessor | PlayStation Go |
[editar] Mídia
O PSP utiliza como mídia de armazenamento principal o disco UMD (com capacidade de 1.8 GB), podendo utilizar também o Memory Stick Duo (além da versão PRO) (somente PSP-1000, PSP-2000 e PSP-3000) podendo ter armazenamento de 32MB, 64MB, 128MB, 256MB, 512MB, 1GB, 2GB, 4GB, 8GB, 16GB, 24GB e 32GB, e também Memory Stick Micro (M2) (somente PSP-Go) que pode ter 64 MB, 128 MB, 256 MB, 512 MB, 1 GB, 2 GB, 4 GB, 8 GB, 16 GB e 32 GB, todos esses formatos proprietários da Sony. Existem discos UMD com Filmes e Músicas.Especificações dos discos UMD
- Diâmetro: 60mm
- Armazenamento: 1.8GB
- Velocidade de transferência: 11Mbps
Tecnologia
Botões
- Botões de ação: Triângulo, Círculo, X e Quadrado.
- Botões direcionais: Direcional Digital, Direcional Analógico.
- Botões de ombro: L e R.
- Botões secundários: START, SELECT, HOME, VOL +, VOL -, botão SOM (Só funciona quando tem um fone de ouvido conectado: aperte uma vez e mudará o tom da música entre HEAVY, POP, JAZZ, UNIQUE e OFF. Aperte por 2 segundos e vira botão MUTE independente de fone ou não) e botão TELA (aperte uma vez e mudará o brilho da tela, por 2 segundos, apagará a luz da tela e por mais de 5 segundos trocará a tela do PSP pela tela da TV caso tenha o cabo AV insertado (somente PSP 2000, 3000 e go.)).
Memória
A memória do PSP é guardada na memória interna de 16GB (somente PSP go), no Memory Stick Duo e PRO Duo (somente PSP 1000, 2000 e 3000) até 32GB e no Memory Stick Micro M2) (somente PSP go) que pode ter até 16GB.Discos
Os discos do PSP são UMD (Universal Media Disc) e podem armazenar até 1.8GB. São protegidas por um tipo de cápsula de plástico que facilita muito seu armazenamento em qualquer lugar. Nas primeiras versões há relatos de jogos ejetados longe devido à ejeção na horizontal. Nesses casos a capa plástica, por não ser totalmente fechada, permite que a sujeira entre mas não saia, causando prejuízos tanto para os usuários quanto para a empresa, que perde compradores. Nas versões posteriores o erro foi corrigido através de um sistema ejetor menos potente e algumas travas de segurança. Elas podem ser substituídas por outras até mais resistentes que a original. Não há pirataria destes discos, pois não há UMDs-ROM no mercado e é muito mais prático copiá-lo para o Memory Stick e utilizar seu conteúdo através de um homebrew.Especificações Técnicas
- Dimensões (LxAxC): 17 cm x 7.4 cm x 2.3 cm (1.8 cm PSP 2000)
- Saída de áudio: Estéreo
- Saída de vídeo: Vídeo Composto ou Componente para conexão com TVs(somente PSP 2000, 3000 e go)
- Slots de expansão: MagicGate, Memory Stick Duo
- Processador: MIPS R4000 1-333 MHz
- FPU, VFPU (Unidade Vetorial): 2.6 GFlops
- O Memory Bus Bandwidth: 3.2 GB por segundo
- DRAM: 4MB
- Processador de Media: 2MB DRAM
- Chip gráfico: PSP 166 MHz Bus 512-bit
- Filtros Gráficos: PSP 3D Curved Surface + 3D Polygon Compressão de texturas Hardware Clipping, Morphing, Bone (8) Hardware Tessellator Bezier, B-Spline (NURBS) ex 4×4,16×16,64×64 sub-division
- Paleta de cores: 16-Bit ou 32-Bit
- Memoria Principal: 32MB (64MB no 2000)
- Peso: 260 g (174 g na PSP 2000)
- Resolução de vídeo: 480x272
- Bateria: 3.6V 1800mAh (1200mAh no 2000) (2200mAh e 3600mAh vendidas separadamente)
- Firmware: 6.31 (mais recente). Pode ser actualizado pelo usuário, versões novas são disponibilizadas pela Sony, o download pode ser feito através do próprio aparelho via Wi-Fi ou utilizando um PC.Alguns jogos trazem consigo a actualização necessária para que estes funcionem.
- Conexões: Wi-Fi IEEE 802.11b, USB 2.0, Memory Stick Duo e PRO Duo MagicGate™, IrDA (somente PSP 1000), IR Remote (SIRCS) e Bluetooth (somente PSP Go).
Design
O design talvez seja o ponto mais mencionado, e a imagem mais comum que se tem na cabeça quando se fala da PSP. Sem dúvida, o principal atractivo é o ecrã widescreen de 4,3 polegadas, 480x272 pixeis, sem precedentes para as proporções de um videojogo de bolso. Sem falar que o formato 16:9 widescreen estabelece um padrão agradável para o aspecto de jogos e filmes.Os únicos videogames portáteis que este formato o 16:9, aparece é no PSP e no Nintendo 3DSKen Kutaragi, criador da plataforma PlayStation e ex-presidente da Sony Computer Entertainment, classifica a PSP como "a coisa mais bonita do mundo".
A frente da PSP é toda coberta por acrílico, que dá um aspecto bastante sofisticado, pelo menos enquanto não é coberto pelas impressões digitais e manchas de gordura dos dedos – algo inevitável e que aparece no primeiro contacto com as mãos. A parte de trás é de plástico no 1000, coberta por acrílico no 2000, 3000 e go, com o logo PSP circundado por um anel metálico no 1000 e 2000, por um anel de plástico no 3000, e sem anel no go.
Ecrã/Tela
4.3 polegadas, no formato 16:9, resolução de vídeo de 480 por 272 pixels e 20.9 milhões de cores, Widescreen TFT LCD de matriz activa.Conexões
Possui interface Wi-Fi que permite conexões ad-hoc e infraestrutura, permitindo a utilização de jogos multiplayer e acesso à Internet, utilizando um browser já integrado, USB 2.0, infravermelhos (somente PSP 1000) e Bluetooth (somente PSP Go).Utilidades
Além de jogos, a PSP reproduz filmes Mpeg-4, aplicações em Flash, MP3, AAC, WMA (Somente depois de activado, o que requer uma conexão à Internet) e fotos (JPEG), no UMD ou no Memory Stick Duo e também pode aceder à Internet através de Wi-Fi. Pode também utilizar-se como controlador de jogos e ecrã secundário para a PlayStation 3, como por exemplo, servindo de espelho retrovisor em jogos de corrida, ou até mesmo usar o controlador Sixaxis ou DualShock 3 da PS3 no portátil (somente go [séries N-1000]). É também possível comprar jogos da Playstation PS one através da PlayStation Store e jogá-los no console portátil.Reproduz TV através de um aparelho da Sony chamado Location Free™ Player e vira maquina digital através da camera para PSP da Sony que é acoplado na entrada USB. Estão introduzindo também a Máquina virtual Java. Existe também o Go!Explore, um receptor de GPS que transforma a PSP num sistema de navegação com mapas e ruas, mas que ainda só foi lançado no Japão e na Europa .
Em agosto de 2008, foi anunciada a versão 3000 do console que, entre outras coisas, adicionará um microfone, bem como tela anti-reflexo e uma maior gama de cores. A PSP 3000 foi lançada em outubro de 2008. Todos os acessórios do 2000 são compativeis com 3000.
Também é possível a utilização de softwares de terceiros (homebrews), estes sendo executados somente nos consoles destravados (onde foram alterados Firmware, bateria ou outro componente) para rodar aplicações diretamente do MemoryStick. A Sony condena o desbloqueio do PSP, mas a grande maioria dos usuários desbloqueia seus consoles para obter mais recursos, aumentando ainda mais a funcionalidade do portátil.
Software do Sistema da Playstation Portable
Assim como o PlayStation 3, o PlayStation Portable também pode atualizar o seus softwares. Cada vez que sai uma atualização nova, novos recursos são adicionados. Pode-se actualizar através do aparelho usando Wi-Fi, usando um computador ou um disco UMD. O software mais recente disponibilizado pela Sony é o 6.31, que traz melhorias como o aplicativo Digital Comics, um leitor digital de quadrinhos, o redesenhamento do menu XMB com a categoria Extras, e listas de reprodução para fotografias e vídeos da aplicação Media Go.Além disso, existem softwares modificados, normalmente abreviados de CFW (Custom Firmware). Estes consistem em modificações dos firmwares originais (abreviados de OFW) lançados pela Sony que adicionam ainda mais funcionalidades aos mesmos. A funcionalidade mais conhecida é a execução de backup's de UMD, em formato iso ou cso, a partir do cartão de memória. Alem disso, permite acesso as memórias flash, overcloking, temas personalizados, execução de homebrews (aplicações caseiras, tal como era possivel no OFW 1.50) e acesso ao modo de serviço da PSP (Recovery Menu). O CFW mais recente é o 5.50 GEN-D3 para as Fat (PSP-100X) e Slim (PSP-200X, desde que estas sejam inferiores ao Data Code 8C). Para as Slim's (PSP-200X) e Brite (PSP-300X) que tenham um Data Code igual ou superior ao 8C, o CFW mais recente é o 5.03 GEN-C. Para já, ainda não existe nenhum CFW para a PSP go (PSP-N1000).
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